Não é segredo que a Oi está em processo de reestruturação de sua dívida. E que processos como esse são feitos em geral depois que as medidas possíveis de saneamento da empresa esperadas pelo mercado financeiro foram esgotadas, como cortes de custos e reestruturações estratégicas. Em decorrência disso, a Oi deve passar por um corte de 2 mil funcionários em maio (segundo os sindicatos, seriam 1,9 mil este mês, mas cerca de 3 mil ao longo do processo de enxugamento por que a empresa já vem passando há um ano). Esse ajuste foi confirmado pela empresa aos representantes dos funcionários que participaram da semana passada das negociações para estabelecer as condições para o desligamento. A empresa disse aos funcionários que o ajuste da companhia passa por uma redução de 15% no seu contingente de empregados.

Há cortes em todas as áreas. Mas segundo uma fonte próxima à operadora, até aqui cerca de 200 funcionários já teriam sido afastados, a maior parte da área de procurement (aprovisionamento) e funções administrativas. Esse primeiro corte teria servido também para promover a saída dos últimos executivos legados da gestão da antiga Portugal Telecom sobre a companhia. Procurada por este noticiário, a Oi não se manifestou. A companhia divulgará o balanço financeiro referente ao primeiro trimestre do ano na próxima quinta-feira, 12, antes da abertura do pregão da Bolsa de Valores. A expectativa é de estabilização do desempenho operacional, mas ainda com forte impacto da questão financeira nos resultados.

A Oi não é a única operadora que tem passado por ajustes. TIM e Vivo também passaram por cortes significativos recentemente e têm procurado enxugar seus quadros em decorrência do agravamento da crise econômica e para conseguirem melhoria dos resultados.

 

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