As vendas globais de smartphones no mundo aumentaram 3,85% no primeiro trimestre do ano, segundo levantamento do Gartner divulgado nesta terça, 31. No total, foram 349,2 milhões de unidades comercializadas, o que equivale a cerca de 3,8 milhões de aparelhos vendidos por dia. A empresa de pesquisas afirma que os smartphones representaram 78% dos celulares vendidos no período, em especial devido à demanda por aparelhos de baixo custo e por handsets com tecnologia 4G em países emergentes.
O destaque negativo é da Apple, segunda maior fabricante que registrou sua primeira queda de dois dígitos: 14,2%, a única dentre todas as empresas listadas no período. Ainda assim, a companhia norte-americana manteve a segunda posição (14,78%, 3,11 pontos percentuais a menos) e totalizou 51,629 milhões de unidades vendidas no trimestre.
Mantendo as vendas praticamente estáveis (aumento de 0,08%), a Samsung totalizou 81,187 milhões de aparelhos comercializados. A empresa é líder com 23,25% do mercado global, embora tenha apresentado recuo de 0,88 p.p. no comparativo anual.
Nas três posições seguintes estão os chineses, que juntas detêm 17% do mercado. A Huawei aumentou suas vendas em 59,36% e totalizou 28,861 milhões de smartphones no primeiro trimestre, incrementando sua participação em 2,88 p.p. e ficando com 8,26% de market share. O maior crescimento foi da Oppo, que mais do que dobrou (144,68%) suas vendas e totalizou 16,112 milhões de unidades. A participação dessa empresa cresceu 2,66 p.p. e ficou em 4,61%, tomando a quarta posição da Xiaomi, que no período perdeu 0,07 p.p. e ficou com 4,31%. Apesar de ter diminuído a participação e perdido posição, a Xiaomi avançou 2,09% nas vendas e totalizou 15,048 milhões de unidades.
As demais fabricantes juntas totalizaram 15,641 milhões de smartphones vendidos no período, um avanço de 0,55%. No entanto, a fatia no mercado caiu 1,47% e ficou em 44,79%. Vale ressaltar que, com uma queda de 33% em suas vendas, a Lenovo/Motorola não apareceu entre os dez maiores vendedores de celulares no mundo no primeiro trimestre.
Sistemas
Em termos de sistema operacional, o Android avançou ainda mais na sua liderança isolada: 5,3 p.p., detendo agora 84,10% do mercado. Foram 293,7 milhões de aparelhos equipados com a plataforma do Google vendidos no primeiro trimestre, um aumento de 10,88%. O iOS, da Apple, diminuiu suas vendas em 14,20% e registrou 51,6 milhões de dispositivos, o que significa que reduziu também sua participação no mercado de 17,9% no começo de 2015 para 14,20% em março de 2016.
O período foi particularmente difícil para a Microsoft, como a própria empresa já destacou em seu recente balanço financeiro. O sistema Windows apresentou queda de 70,99% nas vendas, totalizando 2,399 milhões de unidades. Assim, a companhia viu sua participação de mercado reduzir 1,8 p.p. e ficar em 0,7%. A plataforma da BlackBerry também mostrou queda: 50,21%, reduzindo sua participação de mercado pela metade e ficando com 0,20%. O total de vendas foi de 659,9 mil aparelhos no período. Os demais sistemas totalizaram 791,1 mil aparelhos, reduzindo também pela metade seu desempenho. A participação caiu 0,3 p.p. e ficou em 0,20%.
LATAM
Na América Latina, assim como no Brasil, o mercado total mostrou recuo: 5,52%, total de 34,491 milhões de smartphones vendidos. No entanto, houve crescimento das duas primeiras posições: a líder (37% do mercado latino-americano) Samsung avançou 12,36% e totalizou 12,760 milhões de unidades comercializadas, enquanto a BLU Products cresceu 22,71% e ficou com 4,870 milhões de aparelhos, o que representa uma participação de mercado de 14,12%.
A Lenovo/Motorola, que não apareceu entre as maiores fabricantes no ranking global, ainda está em terceiro lugar na América Latina, com 10,72%, apesar da queda de 11,35% no período, total de 3,697 milhões de aparelhos vendidos. A LG caiu 32,10% e ficou com 2,904 milhões de dispositivos comercializados (8,42% do mercado), enquanto a TCL observou recuo ainda maior, de 33,02%, deixando-a com 6,79% de participação e 2,342 milhões de aparelhos. As demais fabricantes, juntas, totalizaram 7,916 milhões de unidades, um recuo de 14,28%.