A Oi informou por meio de comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta, 16, que a Bridge Administradora de Recursos comprou, por meio de fundo de investimento de sua gestão, um total de 31,704 milhões de ações ordinárias e 17,190 milhões de ações preferenciais, equivalente a 4,75% do capital votante, 10,90% das ações preferenciais, totalizando 5,92% do capital social da companhia. A Bridge afirmou não ter intenção de alterar a composição do controle da companhia, mas pretende "influenciar na estrutura administrativa".
A Bridge é uma empresa de Zeca Oliveira, ex-presidente da BNY Mellon no Brasil. Segundo levantamento da Exame, um dos fundos de investimento da empresa é ligado à PetroRio, que por sua vez é ligada a Nelson Tanure, controlador da JVCO Participações e acionista minoritário da TIM por meio de sua participação na Intelig. Por anos, Tanure entrou em disputa judicial com a Telecom Italia, alegando que a companhia teria fraudado seu balanço durante a gestão de seu ex-presidente Luca Luciani.
Explicações
A Oi também divulgou comunicados aos mercados nos quais esclarece, a pedido da CVM após veiculação de reportagem do jornal Valor Econômico, que continua conversando com "um grupo de credores, tendo por objetivo a renegociação consensual das dívidas financeiras". A empresa confirma estar buscando propostas de reestruturação de dívida, mas diz que "não há, até o momento, qualquer formalização ou definição de nenhuma das partes sobre um acordo com relação aos termos de uma eventual reestruturação de dívida, a qual, além disso, estaria sujeita à concordância de outros credores com que a Oi também vem conversando". Declara ainda que qualquer divulgação sobre o teor ou "suposto teor" das conversas "não passa de especulação".
Também negou rumores veiculados no jornal O Estado de São Paulo de haver conversas com o bilionário egípcio Naguib Sawiris, dono da Global Telecom e que, no passado, flertou com a TIM. De acordo com a Oi, ela "não foi contactada pelo investidor referido na notícia" e também "desconhece qualquer interesse do citado investidor".