A Cisco não está especialmente preocupada com modelos regulatórios que possam atrapalhar o desenvolvimento do mercado de Internet das Coisas. Para a empresa, que é uma das principais fomentadoras dos conceitos relacionados a IoT, mais do que uma diferença significativa no modelo regulatório que se tenha nos EUA ou na Europa, o que pode fazer mais diferença no desenvolvimento dessas tecnologias é o avanço de mercados digitais comuns, como o que está acontecendo na Europa. "Essa é uma ação importante que temos procurado estimular nos diferentes países em que atuamos, inclusive em muitos da América Latina", disse Chuck Robins, CEO da Cisco, em entrevista a jornalistas durante o Cisco Live 2016, evento global da empresa realizado esta semana em Las Vegas.
Para ele, esse tipo de modelo, em que vários países com algum tipo de afinidade (geográfica, econômica etc) desenvolvem regras comuns, ajuda e estimula os desenvolvedores de aplicações e serviços no ambiente de IoT. "Esse modelo está mais avançado na Europa e deve ser um exemplo", diz Robins.
Em relação ao desenvolvimento das atividades da Cisco em países emergentes, Robins ressalta que Índia, China e México continuam sendo prioridades. Ele cita o Brasil com preocupação, mas ressalta que o momento econômico atual é apenas parte de um ciclo e que o País continua sendo uma aposta da Cisco no longo prazo.