A National Instruments apresentou para o mundo a segunda geração do Transceptor Vetorial de Sinais (VST), PXIe-5840, uma plataforma instrumentação modular (com controladores e módulos embutidos) usada para testes de radiofrequência (RF).
Em sua nova versão, a empresa norte-americana mira na realizaçãoa de testes para o desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) e para a próxima geração das redes de dados móveis, o 5G, em frequências mais altas do espectro de rede.
“A explosão do IoT e do 5G vai demandar um sistema de testes mais forte”, afirma Rodrigo Schneiater, engenheiro de marketing técnico da National Instruments no Brasil, ao citar pesquisa da BI Intelligence que estima 20 bilhões de dispositivos conectados até 2020. “Para isso, nós precisamos revolucionar os instrumentos de medição”.
No equipamento, a largura de banda instantânea torna-se cinco vezes maior, passando de 200 MHz para 1 GHz. Com isso, companhias podem usar o PXIe-5840 para efeturar o teste avançado de pré-distorção digital no desenvolvimento com foco em LTE-Advanced, 5G, dispositivos em Wi-Fi 802.11ac/ax, dispositivos para IoT, circuito interno de RF e radar.
Além disso, a tecnologia do PXI3-5840 passa a ter cobertura de frequência de 9 MHz a 6.5 GHZ – antes era de 65 MHz até 6 GHz. Ao todo, o equipamento possui 18 slots com módulos para realização dos testes, sendo um deles o principal (controladora).
Frequência
Uma das empresas que utiliza a medição de RF da National Instruments atualmente é a Audi. Nos testes para criar uma rede segura em seu carro autônomo – ainda em desenvolvimento –, a montadora alemã chegou a utilizar espectro de rede de 77 GHz.
Questionado qual a faixa de frequência sua empresa vê como mais viável para as novas redes, 27 GHz, 38 GHz ou 76 GHz, Alexsander Loula, gerente de desenvolvimento de negócios RF & Wireless da National Instruments no Brasil, acredita que dependerá dos modelos que serão implementados na Europa e Ásia.
“Aquilo que for definido por Europa e Ásia vai determinar o futuro do 5G. Você tem essas três faixas de espectro. Aquela que apresentar o melhor resultado vai ganhar o mercado”, explica Loula. “Do nosso lado, por ser modular, essa disputa é vantajosa. Posso trabalhar com todas elas”.
Negócios dos testes
A previsão do executivo parece certa para sua área. Um estudo da Frost & Sullivan publicado em maio aponta que instrumentos de medição baseados em PXI e AXIe representaram US$ 809,7 milhões em receita em 2015. Até 2020, a o segmento deve crescer 15,2% ao ano e alcançará uma renda de US$ 1,766 bilhão. Além da National Instruments, o setor de medição inclui empresas como Keysight, Cobham, Teradyne, Astronics, VTI, Pickering e Marvin Test.