O Samsung Pay, serviço de pagamentos móveis da Samsung lançado esta semana no Brasil, não cobra nenhuma taxa por transação dos lojistas, nem dos emissores de cartões, nem das redes de adquirência e muito menos dos consumidores. Ou seja, inicialmente é um serviço para diferenciar os celulares da Samsung sobre aqueles dos concorrentes, sem qualquer fonte de receita. Essa é a estratégia da fabricante em todos os mercados onde lançou o produto até agora, o que a ajudou a fechar mais rapidamente acordos com os emissores locais. Para efeito de comparação, a Apple cobra dos bancos 0,15% sobre cada transação com Apple Pay. Porém, a Samsung deixou uma porta aberta para a monetização no futuro: uma aba para a distribuição de cupons de descontos.
Hoje, essa seção de cupons é acessada clicando em "mais", no alto da tela, à direita, e depois em "eventos e cupons". No Brasil, já há dois cupons disponíveis para serem coletados pelos consumidores. Um deles é da própria Samsung e oferece uma bateria sobressalente de 5,2 mil mAh para quem comprar um dos aparelhos da fabricante compatíveis com Samsung Pay e cadastrar um cartão de débito ou crédito no serviço, entre 19 de julho e 19 de agosto. O outro cupom é oferecido pela Brasil Pré-pagos, uma das emissoras de cartão que participa do lançamento, e dá direito a R$ 20 de crédito em um cartão pré-pago virtual da empresa para ser cadastrado no Samsung Pay.
Futuramente, quando atingir uma base de clientes significativa, o Samsung Pay pode se tornar um canal interessante para a distribuição de cupons promocionais por terceiros, virando uma nova fonte de receita para a empresa. Se for associado à localização do usuário e levar em conta seus hábitos de compra, pode ser um instrumento poderoso de marketing.
O Samsung Pay é compatível com os seguintes modelos: Galaxy A5 (2016), Galaxy A7 (2016), Galaxy S6, Galaxy S6 edge, Galaxy Note 5, Galaxy S6 edge +, Galaxy S7 e Galaxy S7 edge. A Samsung não abre qual é o tamanho da sua base de usuários com esses aparelhos no Brasil.