Cada vez mais as pessoas acessam informações por meio de smartphones e tablets. Para se ter uma ideia, em 2014, cerca de 80% dos lares conectados acessavam a Internet por meio de dispositivos móveis, segundo o IBGE. Porém, esse comportamento não fica restrito às horas de lazer. A correria do dia a dia e a necessidade de mobilidade, principalmente em grandes cidades, impacta também as organizações, que estão investindo em tecnologias para oferecer liberdade aos usuários, sem perder a segurança.

Mais do que garantir a mobilidade necessária para programas de Home Office e acesso remoto, as empresas precisam investir em infraestrutura e políticas de TI e de RH para o BYOD (Bring Your Own Device) – tendência que deve crescer rapidamente no Brasil nos próximos anos. Por meio desse conceito, as pessoas têm liberdade para escolher os dispositivos e os sistemas operacionais com os quais querem trabalhar e levar os seus aparelhos para o ambiente profissional, o que, muitas vezes, pode representar um risco para as empresas.

Na verdade, muitas delas ainda não se deram conta, mas os seus funcionários já estão utilizando dispositivos móveis pessoais para realizar atividades de trabalho. Isso dá a eles produtividade e mobilidade em diversas situações, no entanto, sem que haja controle e segurança, os riscos de perda ou vazamento de informações são enormes. A tecnologia é a chave para esse desafio. E não estou falando das ferramentas que usamos diariamente, mas sim da infraestrutura que suporta todos os processos de uma empresa.

É ela que vai permitir, por exemplo, a virtualização de desktops, o que, na ponta, possibilita aos funcionários acessar remotamente informações salvas no seu computador virtual para finalizar um material ou levantar o histórico de um cliente para uma ligação de última hora. É ela também que vai garantir ao usuário facilidade de uso e de acesso para executar uma atividade, e, ao mesmo tempo, restringir downloads e impressões de informações internas, quando estiver conectando fora da rede da empresa ou por meio de um dispositivo não mapeado.

Usabilidade e segurança que também precisam estar presentes nos dispositivos móveis. Hoje, já existem tecnologias que entregam aos colaboradores, no seu equipamento pessoal, uma área para uso exclusivamente corporativo totalmente criptografada. Desta forma, além de garantir o controle das informações e possibilitar que o usuário acesse dados da empresa que não estão armazenados no smartphone, a ferramenta permite que, em caso de roubo ou desligamento do profissional, esses dados sejam deletados remotamente.

Além disso, o BYOD leva às organizações outro desafio: garantir o suporte e a manutenção dos dispositivos móveis e computadores que não fazem parte dos seus ativos. Isso porque a partir do momento em que o colaborador se torna o dono e, consequentemente, o responsável por esse equipamento, a empresa não tem mais como controlar o suporte e a manutenção, nem garantir que os problemas sejam resolvidos rapidamente.

Por isso, mais do que TI, é necessário um tripé – tecnologia, processos e pessoas – para garantir, ao mesmo tempo, a liberdade dos usuários e o controle da evasão de dados da organização. A adoção dos modelos de trabalho demandados pelas novas gerações – com flexibilidade e mobilidade – exige investimento nas três bases do tripé. Desta forma, além de investir em infraestrutura e políticas de TI que permitam um acesso ao sistema de maneira estruturada – por cargo e função –, as organizações também precisam definir políticas de RH.

 

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