Os chatbots não são apenas o futuro, mas a realidade para muitas empresas. É o caso da Smarkio, uma firma de publicidade digital do grupo português Impacting, que possui em seu portfólio marcas como Brastemp, Peugeot, EDP, Porto Seguro e a companhia aérea Virgin. Ela tem uma plataforma de chatbots que, de acordo com seu CEO, Fernando Wolff, terá 300 clientes até o final deste ano e 3 mil até o final de 2017.
Inicialmente, o chatbot da Smarkio pode ser usado para relacionamento com cliente via SAC, vendas, geração de cadastro e mídia para terceiros. Durante conversa com o MOBILE TIME, Wolff mostrou alguns exemplos como agendamento de test-drive com a Peugeot, compra de passagem no site da Virgin e canal para esclarecer dúvidas sobre purificadores da Brastemp.
Ele ressalta que a tecnologia é leve e consome pouco a franquia de dados por clientes, em média 100 Kbytes por conversa. O bot ainda pode enviar emojis, vídeos e imagens, além de ter a velocidade de digitação e opção para digitar com erro e correção para ficar mais humano.
“A partir de 2014, nós percebemos que nossos clientes desperdiçavam leads (cadastros). Nós criamos um processo de automação do cadastro até a venda”, disse o CEO da Smarkio. “Dentro da nossa tecnologia criamos uma solução mobile de chat automatizado. Criada com base no HTML 5, ela funciona em site responsivo ou app do cliente”.
Um chat como o da Virgin pôde resolver em até oito questões a compra de passagens. Outra empresa, do setor de cartões de crédito, possui um roteiro com 42 questões para interagir com o usuário. De praxe, no término da ligação, a maioria das empresas ainda prefere direcionar o encerramento do contato a um atendimento humano, via call center, mas a tecnologia permite que termine no próprio bot.
Com ampla experiência no mercado de marketing digital, trabalhando com performance através das empresas Adclick, Beeleads e Emailbidding, que também pertencem ao mesmo grupo português, o CEO da Smarkio revela que algumas marcas tiveram aumento de geração de lead e conversão de clientes em até 30%, em especial do setor automotivo e serviços.
Crescimento dos negócios
Para alcançar seus objetivos comerciais, a companhia busca desenvolver a tecnologia de automação não apenas para grandes companhias, mas também para PMEs, além de planejar uma expansão para os Estados Unidos para o próximo ano.
“Queremos construir cases em 2016 e em 2017. Queremos vender nossos produtos para PMEs, mas é algo que terá de ser mais processual e fácil”, explica Wolff. “Estamos planejando pacotes. O empresário vai criar o chatbot em 20 minutos e terá opção de templates”.
Atualmente, os negócios da companhia estão divididos em 70% para o Brasil e 30% Europa. A empresa está dividida em um centro de desenvolvimento no Porto, uma área de suporte em Itajuba, a divisão comercial em São Paulo com equipe interna de vendas e externa (revendedores).