Apesar do forte crescimento do LTE em julho, a base brasileira de acessos móveis voltou a cair, fechando o mês com 252,573 milhões de linhas, total 0,33% menor do que junho, de acordo com dados divulgados pela Anatel nesta terça, 6. Além da 4G, apenas a tecnologia de máquina-a-máquina (M2M) na categoria especial (sem intervenção humana) mostrou aumento na base. Todas as demais tecnologias apresentaram queda, com destaque para as duas maiores: 2G (GSM) e WCDMA (3G).

A base de terceira geração foi novamente a que mais caiu: 2,179 milhões de desligamentos (1,57% de recuo). No acumulado do ano, já são mais de 25,4 milhões de desconexões na tecnologia, ou 15,70% de recuo. Todas as operadoras apresentaram diminuição de mais de 440 mil acessos, mas a TIM foi o destaque negativo com 801,5 mil desligamentos. No total, a empresa tem 33,177 milhões de acessos, ficando em segundo (24,30% de share), atrás da Claro, que tem 44,170 milhões (32,35% de share). Seguem-nas a Vivo, com 32,871 milhões de linhas WCDMA (24,08%) e Oi, com 23,702 milhões (17,36% do mercado).

Os terminais de dados de banda larga (modems e tablets) totalizaram 5,009 milhões de acessos, uma redução de 2,38%. Somados com o LTE e o WCDMA e contabilizando como banda larga móvel, o segmento aumento 0,54% em julho, totalizando 184,535 milhões de linhas.

Os desligamentos 2G totalizaram 1,87 milhão em julho, uma queda de 3,22%. A base total é de 56,235 milhões de acessos. Mantendo-se esse ritmo, deverá ser ultrapassada pelo LTE em três meses. Em 12 meses, o GSM já acumula perda de 36,61%.

A base de M2M especial mostrou crescimento de 3,71%, totalizando 4,536 milhões. O aumento anual é de 92,49%. Já o M2M padrão, como máquinas de POS, totalizaram 7,264 milhões de conexões no mês, uma queda de 1,61%. No ano, o recuo é de 3,84%.

Pré x pós

Provavelmente impulsionado pelo crescimento do LTE, o segmento de celulares pós-pagos também mostrou avanço substancial. Com mais de 506 mil adições (0,68%), foi o maior crescimento líquido desde novembro de 2015 (quando adicionou 526,6 mil). Com 75,155 milhões de linhas, totaliza 29,76% do acessos móveis no Brasil. A grande maioria, 70,24%, ou 177,417 milhões, é de celulares pré-pago. Mesmo com essa diferença grande, é uma evolução interessante: em julho do ano passado, os acessos pós-pagos eram apenas um quarto do total.

 

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