A velocidade média da banda larga móvel brasileira foi de 3,9 Mbps no segundo trimestre, um avanço de 14,71% em relação ao registrado nos primeiros três meses do ano. Já a velocidade de pico média foi de 19,9 Mbps, avanço de 4,19%. Os dados são do estudo State of the Internet da Akamai, em combinação com tendência de tráfego da Ericsson, divulgado nesta quinta, 29.
Para comparação, a velocidade média móvel no Peru é de 6,9 Mbps, com média de pico de 72,1 Mbps. Já na Argentina, é de 2,8 Mbps e 24,4 Mbps, respectivamente. No México, a velocidade média é de 6,5 Mbps e, de pico, 108,1 Mbps – a maior dentre todos os países pesquisados na América, incluindo os Estados Unidos (33 Mbps) e Canadá (67,5 Mbps).
O ranking de banda larga da Akamai usa ainda a métrica de tempo de carregamento de página Web na rede móvel comparado ao tempo na banda larga fixa. Para o Brasil especificamente, o tempo médio de carregamento no mobile é de 5.698 ms, contra 4.453 ms na fixa. Assim, o País conta com uma "penalidade móvel", (ou seja, a discrepância entre os dois tipos de conexão) de 1,3x, segundo os dados da fornecedora de infraestrutura de rede.
A título de comparação, é uma penalidade menor do que no Panamá (1,6x), Argentina (1,5x) e Canadá e Estados Unidos (ambos em 1,4x). A média mundial de penalidade é de 1,3x. Mas em termos absolutos, a velocidade média móvel brasileira para carregamento de página é inferior à panamenha (4.946 ms), argentina (6.034 ms), canadense (4.053 ms) e norte-americana (3.787 ms).
Isso significa que a diferença entre as conexões fixa e móvel no Brasil é menor, mas não necessariamente que as velocidades são maiores do que em outras regiões. De fato, a tendência é que a diferença menor seja encontrada em países em desenvolvimento que dependem mais das redes móveis. Nas palavras da própria Akamai, "essa taxa não deveria ser tomada como comparação pura de velocidades móveis versus de banda larga (fixa), já que essas velocidades são apenas um fator na experiência geral do usuário". Por exemplo, o "peso" da página pode ser uma variável significativa.