A Easy (Android, iOS e Windows Phone) informa que uma em cada cinco corridas pedidas em seu aplicativo já são feitas com carros particulare, modalidade batizada como Easy Go. De acordo com o CEO da empresa que originalmente possuía apenas corridas de táxi, Dennis Wang, a introdução do Uber no mercado nacional contribuiu para o desenvolvimento dos serviços de corridas em carros particulares.

“A entrada deles (Uber) forçou a regulamentação de carros privados nas grandes cidades. Ampliou nosso leque de produto e ajudou a aumentar a abrangência da nossa operação”, revelou o executivo, que participou nesta terça-feira, 4, de um painel sobre apps de economia compartilhada durante o seminário Forum Mobile+, em São Paulo. “Os motoristas de táxi saíram da zona de conforto. A qualidade do serviço melhorou. Nós começamos a filtrar os taxistas ruins, os motoristas começaram a tratar melhor o passageiro etc”, completou.

A mudança de comportamento do motorista de táxi não ficou apenas na qualidade do serviço. Segundo o CEO da Easy, atualmente mais de 50% dos taxistas aceitam a opção de 30% de desconto do valor final da corrida em relação ao taxímetro. Com isso, o preço do táxi se tornou competitivo em comparação com os carros particulares. “Para quem tem carro e roda de 7 a 8 quilômetros por dia já é mais barato usar o táxi”.

Licenciamento de apps

Wang ainda falou de outra fonte de receita para a Easy: o licenciamento de uso do seu app e da sua tecnologia. A Easy já licenciou seu aplicativo em cinco países da África e Oriente Médio. “É quase como um sistema de franquia. Nós negociamos com as empresas para usar o aplicativo e a marca em seus mercados”, disse o CEO. “Preferivelmente, o ideal é levar o aplicativo para esses países por conta própria. Mas em alguns mercados pode valer a pena”.

 

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