A Vivo lançará em novembro uma plataforma de publicidade para marketing programático, com foco em campanhas de vídeo display. A confirmação foi feita nesta terça-feira, 4, pelo diretor de SVA e inovação da operadora no Brasil, Fernando Luciano, durante palestra na 9ª edição do Fórum Mobile+.
O executivo explicou que os clientes de mídia (agência de publicidade e empresas) da Vivo terão a opção de fazer propaganda por segmentação, como gênero do público, região e tipo de assinante (pré-pago ou pós-pago). São dados coletados diretamente pela Vivo, ou seja, "first-party data", não oriundos de terceiros.
A tecnologia oferecida é da Axonix, empresa recentemente comprada pelo grupo Telefónica. Além do Brasil, o serviço de propaganda por vídeo da Telefónica está sendo usado pela O2, operadora do grupo no Reino Unido.
“A Telefónica adquiriu a Axionix e estamos integrando-a aos poucos ao sistema da Vivo. Não é simples, mas o objetivo é oferecer segmentações mais precisas em mídia programática”, disse Luciano. “Vamos trabalhar com clusters comportamentais do cliente. Sempre que uma agência ou empresa pedir um perfil, nós vamos poder servir para aquele cliente específico”.
De acordo com o CEO e fundador da MUV, Marcelo Castelo, a iniciativa da Vivo possui um “potencial gigante”. O empreendedor do segmento de publicidade mobile acredita que o novo serviço permitirá acesso para um rol de clientes que até então não existia antes. “Não dá para vender shampoo por SMS. Com vídeo funciona melhor”, comparou Castelo.
A entrada da Telefónica no mercado de vídeo programático mostra mais uma etapa da operadora em combate às gigantes da mídia mobile, como Alphabet (proprietária do Google) e Facebook. A primeira iniciativa foi o Vivo Ads, que chegou ao mercado em maio deste ano.
Vale frisar que o Google informou em julho que a receita da empresa subiu 21% em relação ao ano anterior, US$ 21,5 bilhões, devido ao rápido crescimento em vídeo e propagandas mobile. Já o Facebook vem apostando em novas plataformas de vídeo, como o Facebook Live, e considera o vídeo como o próximo passo da empresa para lucratividade, como revelou Mark Zuckerberg durante a divulgação do relatório financeiro do 2º trimestre de 2016.