É o fim para o Galaxy Note 7. A Samsung confirmou nesta terça-feira, 11, que o seu então carro-chefe será descontinuado após os novos episódios de baterias pegando fogo mesmo nos modelos trocados após o recall global. Em comunicado breve, a fabricante sul-coreana informa que a iniciativa veio junto com a decisão de interromper as vendas, o que foi anunciado no dia anterior.
"Para o benefício da segurança dos consumidores, paramos as vendas e trocas do Galaxy Note 7 e consequentemente, decidimos parar a produção", diz o comunicado enviado pela assessoria da Samsung Brasil. Obviamente, isso significa que o smartphone não será mais lançado no País. À imprensa estrangeira, a companhia não apenas confirmou a paralisação, mas o "encerramento permanente" da fabricação, especialmente após pressão de órgãos reguladores.
Naturalmente, com a decisão de interromper as vendas e trocas do aparelho defeituoso e o reconhecimento dos problemas, as ações da Samsung sofreram queda de 8,04% na bolsa de Seul. Segundo a Bloomberg, isso resulta em uma redução de US$ 17 bilhões no valor da empresa, e o custo para matar o Note 7 de vez seria de US$ 5 bilhões no lucro operacional em 2017.
Com todo o pesadelo de relações públicas causado pelo episódio, era natural que a Samsung precisasse desistir do Note 7, uma vez que o smartphone ficará sempre associado ao grave problema de explosões. A empresa estava usando o aparelho como aposta contra o iPhone 7, inclusive tendo recebido críticas favoráveis na imprensa especializada. Com a morte do modelo, contudo, o futuro da empresa ficará nas mãos da próxima geração da linha Galaxy S, que só deverá ser apresentada no início de 2017. E a missão será a de garantir que seus produtos não apenas são melhores do que a concorrência, mas, sobretudo, seguros para o consumidor.