O grupo francês Vivendi lançou no Brasil, em parceria com a Telefônica/Vivo, o serviço de conteúdo premium para telas pequenas Studio+. Trata-se de um serviço de SVOD (subscription video on-demand) com conteúdos roteirizados criados e produzidos especificamente para dispositivos móveis.

O serviço será comercializado exclusivamente pela Vivo no Brasil por R$ 3,99 por semana (para clientes do serviço pré-pago) ou por R$ 12,90 por mês (no pós-pago). Em ambos os casos, o primeiro período é gratuito.

Segundo Dominique Delport, presidente de conteúdos da Vivendi, o lançamento mundial acontece no Brasil e, nos próximos 18 meses, o serviço estará disponível para 600 milhões de pessoas, em 20 países. “Atualmente não existe conteúdo premium desenvolvido e produzido especificamente para telas móveis. Estamos convencidos de que se trata de uma verdadeira oportunidade de mercado”, disse o executivo em evento para a empresa e produtores de conteúdo brasileiros nesta segunda, 17. De acordo com Delport, a iniciativa global recebeu um investimento de US$ 40 milhões da Vivendi.

Conteúdo local

Segundo Delport, a plataforma aposta em um novo formato de dramaturgia, que consiste em séries com episódios de 10 minutos. No lançamento, o aplicativo contará com 15 minisséries (das quais sete criações originais e oito aquisições) e 44 programas curtos. Em todos os países onde será lançado, o grupo já começou a preparar conteúdo originais e exclusivos, que serão distribuídos globalmente na plataforma. Em dez meses, o serviço começou a produzir 25 séries e já conta com outras 40 em desenvolvimento.

No Brasil o serviço estreia com uma produção original local, “Crime Time – Hora de Perigo”. É uma realização das produtoras francesas 22h22 e JohnDoe Production, em coprodução com o Studio+ e produção executiva da brasileira Gullane Filmes. A série já conta com três temporadas produzidas.

“O grande desafio foi colocar uma história vibrante e emocionante no formato de 10 minutos. Toda a equipe de roteiristas trabalhou muito para ter todos os elementos da dramaturgia nesses episódios”, garante o produtor Fabiano Gullane.

Segundo o diretor do Studio+, Gilles Galud, o serviço de SVOD optou por bancar integralmente a produção de todos os seus conteúdos. A este noticiário, explicou que o grupo Vivendi conhece os incentivos para coproduzir com brasileiros, contando com recursos públicos. No entanto, explica, manter os direitos para todos os territórios e sem prazo é estratégico para o futuro do serviço. Dominique Delport completa que o conteúdo exclusivo é para lançamento em telas móveis, mas que é produzido pronto para a exibição em 4k em outras plataformas.

De acordo com Gullane, no entanto, o conteúdo é pensado e produzido para a tela pequena, desde o enquadramento até a mixagem de áudio, passando por iluminação e fotografia.

Gilles Galud conta ainda que está gravando uma outra série, com a produtora Expresso 4 Filmes, com cenas em São Paulo e Salvador. Além disso, uma outra produção ambientada no Rio de Janeiro está em desenvolvimento com a Bossa Nova Films.

Exclusividade

Fernando Luciano, diretor de SVA e inovação na Telefônica Vivo, destaca que a operadora abrigou o serviço com exclusividade por acreditar na proposta de vídeos mais curtos. “O nosso movimento de apoio a uma nova categoria de séries curtas para celular está fundamentado em dados de mercado. O tráfego móvel de vídeos em 2015 representou 55% do total e deve aumentar 11 vezes até 2020”, disse o executivo.

De acordo com ele, o serviço de SVOD é estratégico para alcançar novos clientes. “Com a qualidade que o Canal+ e a Vivendi trouxeram, podemos oferecer para os assinantes de alto valor da Vivo. Vamos vender, inclusive nas lojas da Vivo”, disse.

 

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