A Quantum revelou na última terça-feira, 29, o seu projeto de expansão internacional. Durante o lançamento dos smartphones Quantum Sky e Quantum V, a marca de handsets da Positivo informou que já começou as vendas no Paraguai e que nos próximos seis meses chegara a Argentina, Chile e Uruguai. Esses mercados somam mais de 24 milhões de smartphones comercializados em 2016, um pouco mais da metade dos 45 milhões de dispositivos do mercado brasileiro no mesmo período.
“Temos três pilares para nos expandirmos: marca, produto e operação consolidada com a Positivo”, disse Thiago Miashiro, gerente de negócios da Quantum. “Muito mais do que focar em novas vendas, vamos começar a ter relevância mundial e escala”. No plano da Quantum, as vendas serão feitas principalmente pelo e-commerce próprio e em marketplaces.
Questionado sobre uma possível expansão para a África, uma vez que possui operação para fabricação e venda de PCs e tablets em Ruanda, Helio Rotheberg, presidente da Positivo Tecnologia, explicou que uma possível investida da empresa no mercado africano de handsets deve ficar para 2018.
“Nós não estamos na África com smartphones. Estamos com tablets e computadores. Mas estamos com um estudo aprofundado para o continente africano. Os smartphones devem chegar à região em 2018”, disse o executivo.
‘Em mar de tubarões’
Além dos projetos internacionais, a Quantum também apresentou os resultados do mercado brasileiro. De acordo com dados apresentados por Marcelo Reis, gerente geral da marca, a quantidade de novos usuários de seus smartphones cresceu 88% em relação ao ano anterior.
“Nós nadamos em um mar cheio de tubarões. Sempre estamos desafiando o novo e os concorrentes. É legal ver durante todo o período de dois anos desde o nosso lançamento que esse posicionamento vem dando certo”, disse Reis. “Apesar de todos os problemas econômicos, a cada minuto temos um novo membro na família Quantum”.
O número foi comemorado também por Norberto Maraschino, vice-presidente de mobilidade da Positivo Tecnologia. Durante sua apresentação no evento, ele revelou que em uma conversa com o CEO de uma grande fabricante chinesa presente no Brasil ouviu que seu rival mataria a marca da Positivo em 2017.
“Isso mexeu conosco e me levou a uma reflexão muito forte. Ninguém esperava que uma companhia brasileira pudesse fazer o que fazemos. Lutamos contra a Xiaomi, e aqui estamos. Ninguém esperava que a Quantum cairia no gosto dos brasileiros. Ninguém esperava que chegássemos ao terceiro evento com produtos novos”, desabafou o VP.
Os executivos destacaram também os projetos para o mercado corporativo, em especial a produção da plataforma de hardware e software para o varejo brasileiro em parceria com a Cielo, a Cielo LIO, além de outras iniciativas com Embraer, Braspag e IBGE.