O presidente da Oi, Marco Schroeder, segue se encontrando com credores e acionistas da Oi para discutir o plano de recuperação da empresa, que será votado no dia 9 de outubro (ou, no mais tardar, no dia 23 de outubro, se não houver quorum de mais de 50% na primeira data). Como as conversas acontecem sob os termos de contratos de confidencialidade, ele não pode informar detalhes sobre o seu andamento. Mas acredita que o acordo só deve ser alcançado no último dia antes da assembleia. De acordo com Schroeder, ninguém discute mais a importância de um aporte de capital na Oi. A disputa agora se dá sobre como será a divisão acionária resultante deste acordo, distribuída entre credores, acionistas atuais e novos investidores. “Vai ser tenso”, resumiu.
Sobre a ameaça de abertura de processo de caducidade da concessão da Oi, o executivo não acredita que a Anatel tomará qualquer decisão concreta antes da assembleia. Por outro lado, a iniciativa da agência de começar a discutir o tema de certa forma pressiona as partes envolvidas a buscarem um acordo. Afinal, não é do interesse de acionistas nem de credores que a caducidade seja aprovada. Esse é um dos motivos para que o presidente da Oi acredite que os interesses de credores e acionistas vão acabar convergindo, nem que seja no último minuto antes da votação.
A respeito da dívida da Oi com a Anatel, Schroeder lembra que os processos das multas ainda não transitaram em julgado e discorda dos valores cobrados. Ao todo, a Anatel cobra cerca de R$ 11 bilhões. “Se forem efetivamente cobrar isso, nem temos dinheiro em caixa para pagar. Teríamos que entregar as chaves”, disse.