A reunião do conselho da Oi na quinta-feira, 5, pacificou as disputas internas e aprovou um novo plano de recuperação, que deverá ser apresentado na assembleia de credores no próximo dia 23. A proposta de capitalização agora é de no mínimo R$ 9 bilhões, segundo fonte próxima ao assunto, e estabelece diretrizes para aumentar o investimento anual da companhia com foco em novas tecnologias e modernização de rede.
A capitalização será dividida em R$ 6 bilhões em dinheiro novo, dos quais R$ 3,5 bilhões são de credores internacionais e R$ 2,5 bilhões de acionistas. Com a conversão da dívida em equity, serão adicionados mais R$ 3 bilhões. Assim, a ideia é reduzir a relação dívida/EBTIDA para 3x, preservando o caixa. O caixa de curto e médio prazo da companhia deve ser preservado.
O plano da Oi também prevê a ampliação de cerca de R$ 2 bilhões nos investimentos anuais no triênio 2018-2020, ficando em torno de R$ 7 bilhões por ano. Os recursos serão destinados à ampliação da cobertura LTE; a "projetos de digitalização" (como técnico virtual, além da própria digitalização da empresa); à área de TI; e à rede de fibra até residência (FTTH).
A Anatel estima que a empresa necessite de investimentos da ordem de R$ 10 bilhões ao ano para se manter competitiva, considerando que ela não tem a frequência na faixa de 700 MHz e isso deve fazer uma grande diferença na disputa pelo mercado de 4G. A expectativa é que, equalizada a dívida (o que ainda depende de uma resolução do impasse com o governo) e pacificada a relação entre credores e acionistas, seja mais fácil atrair um acionista com capacidade de investimento para completar o plano estratégico atual.