Tecnologia não é suficiente para garantir o sucesso de um relógio inteligente. Os consumidores querem, sim, tecnologia, mas não abrem mão do design e do status de uma boa marca. Esta é a opinião de Greg McKelvey, vice-presidente do grupo Fossil, que administra 16 marcas de acessórios de moda, dentre as quais Emporio Armani, Michael Kors e a própria Fossil. Ele apresentou a estratégia da empresa nesse segmento durante o 4G/5G Summit, evento organizado pela Qualcomm nesta terça-feira, 17, em Hong Kong.

Dois anos atrás, antes de o primeiro Apple Watch ser lançado, a Fossil chegou à conclusão de que era necessário investir em werables devices. A empresa sabia que tinha uma vantagem competitiva em suas mãos: o design e a atratividade das suas marcas. Mas faltava a tecnologia. Por isso, adquiriu uma start-up de pulseiras inteligentes, a Misfit, e trouxe com ela dezenas de engenheiros de software que ajudaram a reformar completamente o seu processo de produção de relógios.

21 meses depois, a Fossil já lançou modelos conectados de 14 de suas marcas em 15 países diferentes e passou a figurar no ranking dos cinco maiores fabricantes de wearable devices do mundo. Hoje, 15% das suas vendas já provêm de acessórios conectados e a expectativa é chegar a 50% dentro de três quatro anos, prevê McKelvey. Atualmente, a empresa fabrica ao todo 50 milhões de relógios por ano.

IA

O executivo espera levar conectividade também para outros acessórios de moda, como bolsas. E promete ainda experimentações com inteligência artificial, embora não tenha fornecido detalhes.

 

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