Lançada em maio deste ano, a função de respostas inteligentes do Gmail (Smart Replies) já é usada por 20% dos usuários móveis do serviço de e-mail no mundo. Kenzo Porto, gerente do programa de Cloud no Google, confirmou a informação nesta quinta-feira, 9, durante sua apresentação sobre uso de APIs com aprendizado de máquina (machine learning), Google Cloud Summit, em São Paulo.

“Até 2014, o Deep Learning não era muito popular no mercado de TI, só na academia. Com o TensorFlow, cresceu o uso de machine learning. Hoje, quase todo produto do Google, como os aplicativos do G-Suite, tem machine learning”.

Fuzzy Khosrowshahi, diretor de engenharia de software do G Suite, revelou que, a partir de uma análise interna na empresa, a função Smart Reply economiza 14 minutos por dia dos usuários do Gmail. E, se o usuário utiliza as funções Slides Explore (criação de layout rápido para apresentações por slide) e Quick Access (acesso ágil aos documentos no Google Drive), cada usuário consegue economizar duas semanas por ano.

“Isto ajuda a eliminar custos nas empresas. Imagina, uma empresa com 100 funcionários ganha duas semanas de produtividade ou descanso para a equipe”, afirmou Khosrowshahi. “Machine learning é isso, uma nova plataforma. Você coloca em uma máquina um monte de dados e ela devolve resultados. Isso funciona porque a ferramenta busca combinações, armazena dados, os analisa e compatibiliza padrões. Por exemplo, se você usa Gmail por muitos anos, pode ver que o filtro antispam vem melhorando ao longo do tempo. Estamos aplicando essas inteligências artificiais em toda nossa suíte”.

No Brasil

A operadora de saúde Prevent Senior e a firma de outsourcing financeiro B2Finance deram exemplos práticos do uso da suíte de programas para melhorar não apenas a produtividade, mas a segurança do tráfego de informações dentro de seus quadros.

“Antes usávamos o Office 365 e nós o deixamos por ser caro. Eu dei a ideia para a gente usar o Google Suite com o Hangouts como comunicador. Com isso, o usuário passou usar o celular nas empresas com Hangout, substituindo o WhatsApp. Apenas algumas áreas usam o Office ainda. As planilhas de relação com os médicos é o Sheet do Google”, disse Felipe Satito, gerente de infraestrutura e rede da Prevent Sênior.

“Nós também buscamos usar as ferramentas do Google para filtrar as informações e mantê-las na companhia. Tinha informação pessoal do cliente sendo compartilhada no WhatsApp. Lá na B2Finance foi bem complicado no início por causa da cultura, temos perfis jovens e pessoas mais experientes. Mas estamos abrindo a mente para a transformação digital”, completou Wellington Calorbrizi, sócio da B2Finance.

 

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