A receita bruta das empresas de telecomunicações chegou a R$ 169 bilhões até o terceiro trimestre deste ano, com queda de 1,3% quando comparado ao faturamento de janeiro a setembro do ano passado e igualando o desempenho obtido em 2013. Mas os investimentos recuaram 3,4%, chegando a R$ 16,9 bilhões de janeiro a setembro ante R$ 17,4 bilhões aplicados em igual período do ano passado.
Os números fazem parte do balanço apresentado nesta terça-feira, 5, pelo presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy. Em outubro de 2017, o número de celulares com tecnologia 4G (95 milhões) superou os aparelhos com 3G (92 milhões). Já a tecnologia 2G está presente ainda em 36 milhões de acessos. Segundo Levy, a base 2G ainda se mantém, mesmo com a queda constante, por causa do preço alto dos smartphones. A telefonia móvel como um todo, chegou a outubro com 241 milhões de acessos, 4% a menos que no mesmo mês de 2016. Em outubro de 2014, a base atingia 279 milhões.
De acordo com o sindicato, a rede 4G já está em 3,3 mil municípios, o triplo das cidades onde as operadoras tinham obrigação de atender (1,07 mil). A cobertura atende a 90% da população, enquanto nas cidades com 3G (5,09 mil) moram 99% da população brasileira.
Dados x serviço de voz
Segundo Levy, pela primeira vez a soma das receitas de dados das operadoras (62%) superou o rendimento com o serviço de voz (38%), levando em conta os resultados até o terceiro trimestre. Em 2016, o faturamento das teles era dividido em 51% de receitas de voz e 49% de receitas de dados.
Banda larga
Levy afirma que a banda larga avançou até outubro de 2017 em 5%, mesmo com a redução de investimentos. O número de acessos fixos e móveis chegou a 234 milhões, ante 223 milhões em igual período do ano passado. Já a TV por assinatura caiu 3%, para 18,4 milhões em outubro deste ano. A telefonia fixa também recuou 3%, para 41 milhões de acesso, com redução maior do percentual de assinantes de concessionárias (58%).