A associação da tecnologia de comunicação por proximidade com plataformas de pagamentos móveis é o casamento mais óbvio para o desenvolvimento do NFC. Mas este caminho pode não ser o mais atraente para os consumidores. É o que defende Xavier Drilhon, CEO da Oberthur Technologies. "Esse é o primeiro serviço a oferecer, mas não vai ser o diferencial competitivo", afirma.
Na mesma linha de raciocínio que outros fornecedores de tecnologia, Drilhon lembra que o potencial do NFC vai muito além dos pagamentos com o celular. Além dos já bem-sucedidos exemplos de uso da tecnologia em transportes públicos urbanos, Drilhon enfatizou as possibilidades ainda inexploradas em controles de acesso, identificação digital e esquemas de fidelidade de marca.
Segundo ele, no futuro, NFC e formas mais tradicionais de pagamentos móveis devem ser complementares, 'como dois lados de uma mesma moeda'. Drilhon lembra, ainda, que todo o ecossistema deve ser desenvolvido para que o produto faça sucesso: itens como segurança, interoperabilidade, facilidade de uso, disponibilidade (inclusive quando o aparelho estiver offline) e abertura para outros provedores de serviços e para a comunidade desenvolvedora são fundamentais.Muitos projetos falharam por não terem investido corretamente em um ou mais desses itens. E dos projetos que estão hoje em funcionamento, poucos atingiram massa crítica e um número ainda menor conseguiu produzir retorno econômico.