Os serviços de pagamento móvel estão começando no mundo inteiro e há diversos players disputando esse espaço, desde pequenos desenvolvedores independentes, até grandes bancos, administradoras de cartões e operadoras celulares. Em vez de brigarem entre si, esses players torcem pelo sucesso uns dos outros, porque sabem que se algum prover um serviço de má qualidade, isso pode destruir esse nascente mercado, ou atrasar por mais alguns anos o seu desenvolvimento. Essa postura ficou clara no painel sobre m-payment realizado durante o MEF Americas 2012, em Miami, nesta quarta-feira, 5.

"O maior risco nesse mercado é se eu ou meu competidor entregar um produto que não funcione. Torço para que nossos competidores tenham sucesso, pois estamos criando uma categoria (de serviço) juntos. No fim do dia, será  o consumidor que decidirá quem vai sobreviver", disse Jorge Salum, diretor de canais e vendas da Wanda, joint-venture de m-payment da Telefônica e da Mastercard. O executivo foi incitado a falar sobre o tema quando perguntado pela plateia sobre como conquistar a confiança do usuário para que este transacione dinheiro usando o celular.

Kolja Reiss, diretor da mopay, concordou: "Temos que apresentar algo que o cliente queira. Se errarmos uma vez e estragarmos tudo, queimamos o cliente. Por isso precisamos tomar tanto cuidado com segurança".

Carrier billing

O billing direto através da conta telefônica também foi debatido. Um dos seus maiores obstáculos atualmente é o baixo limite estabelecido pelas teles para as transações através desse canal. O baixo limite se deve a questões de segurança, mas também pelo receio das teles de perder parte da sua receita atual com pré-pagos. Para Filipe Rosa, chairman do MEF LatAm e diretor da Boku, o caminho de curto prazo para resolver essa questão poderia ser a criação de listas brancas de consumidores pré-autorizados a gastarem além do limite. A médio prazo, a solução estaria no lançamento de carteiras virtuais móveis, com saldo separado do cartão pré-pago tradicional.

 

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