Colheitadeira Agrishare

Agrishare: website é responsivo e é acessado basicamente por meio de smartphones

Uma colheitadeira, máquina que colhe grãos na lavoura, custa em torno de R$ 1,5 milhão. Um valor alto que poucos agricultores podem arcar. Mas e se as máquinas pudessem ser alugadas e começassem a circular pelo interior do País? Afinal, o tempo ocioso de uma colheitadeira pode ser grande para um agricultor e, ao passear de fazenda em fazenda, ela será capaz de proporcionar um dinheiro extra para seu dono e agilidade para quem aluga. Pensando em conectar quem tem maquinário ocioso e agricultores sem poder aquisitivo ou necessidade de comprar um insumo tão caro, nasceu, em 2016, a start-up Agrishare, plataforma colaborativa desenvolvida para o uso da comunidade de produtores rurais e empresas ligadas ao agronegócio.

A empresa tem um web site que promove o encontro entre quem possui a máquina e quem precisa dela. Como é um site responsivo, o percentual do tráfego via dispositivos móveis é de 83%. Ao todo, a Agrishare tem, em média, 4.000 acessos por mês, sendo, 79% do total do tráfego é feito em smartphones; 17%, via desktop; e 4%, via tablets. O acesso via dispositivos móveis ao site da empresa cresceu, em um ano, 8 pontos percentuais, já que, em 2017, 75% do total trafegado era via mobile, contra 24% via desktop e 2% em tablets.

Modelo de negócio

As mais de 1 mil máquinas à disposição para o aluguel pertencem a agricultores, mas também a pessoas que não são agricultores e que possuem as máquinas para a prestação de serviços. Ao todo, há 400 prestadores de serviços cadastrados e outros 200 agricultores. A chegada dos prestadores foi uma mudança no modelo de negócios da start-up para 2017-2018, que antes contava apenas com os agricultores.

Outro ponto que alterou o modelo de negócios da empresa foi a possibilidade de viajar com o maquinário pelo País. Ou seja, mesmo que a plataforma faça a georreferência de todas as máquinas próximas ao agricultor, o sistema também apresenta soluções que estejam mais longe por conta do serviço de deslocamento. “É claro que a máquina que esteja perto da fazenda terá um custo menor por conta do frete”, explica Melillo. No caso, a Agrishare desloca as máquinas por meio de um caminhão prancha.

O cadastro não possui custo. Uma taxa é cobrada apenas quando algum negócio for fechado por meio do sistema. A Agrishare cobra do dono da máquina R$ 10,00 por hectare, limitando a R$ 6.000 por máquina, para colheita e plantio, por exemplo. Para outros serviços, como pulverização, correção do solo, transporte de máquinas agrícolas, entre outros, a taxa é de 5%. Já a negociação entre o dono da máquina e o agricultor é livre, podendo ser por número de sacas do produto, preço fixo, pacote (que pode incluir também mão de obra, por exemplo), diária, etc.

Além da colheitadeira, a Agrishare tem em seu sistema ofertas de aluguel de trator, preparo do solo, pulverização, entre outros serviços, para culturas de arroz, café, trigo, soja, etc.

Próximo passo

No fim do ano passado, a Agrishare ganhou um quarto sócio, o grupo Synoro Negócios Inovadores. Num total de R$ 550 mil de investimento por parte de todos, os novos parceiros colaboraram com cerca de 55% desse valor. “Acreditamos passar o break even point (ponto de equilíbrio) na próxima safra, ou seja, 2018-19. E, para um futuro próximo, a empresa investirá em analytics. Coletamos muitas informações sobre o meio rural e, com isso, acreditamos que possamos prestar outros serviços de informação com esses dados”, conta Melillo.

 

 

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