A Deezer (Android, iOS) quer crescer na América Latina em 2018 por meio de alianças estratégicas que ajudem na distribuição do seu serviço e também na divulgação de sua marca. A empresa já tem parcerias com algumas operadoras de telecomunicações na região, como a TIM, no Brasil, e a Tigo, na América Central, e outras no Equador, no México e no Caribe, mas busca também aliados em outras verticais, como varejistas, grupos de mídia e marcas ligadas ao esporte, diz a sua diretora de desenvolvimento de negócios na América Latina, Rafaela Furtado.
“A maioria das empresas de telecom já firmaram acordos com players de música na América Latina. Então estamos focando a estratégia de alianças com marcas de varejistas, grupos de mídia e empresas associadas a esportes”, explica a executiva. Ela cita como exemplos um acordo internacional com a Fnac e outro firmado recentemente com o Flamengo – este último inclui geração de conteúdo voltado para os torcedores do clube e promoções específicas para eles.
A empresa fechou recentemente uma aliança na Argentina, cujo nome do parceiro será divulgado em breve. Além disso, a executiva cita o México como um dos mercados prioritários da empresa este ano. “Estamos em busca de um parceiro significativo noMéxico. Estamos dispostos a coinvestir para crescer lá”, diz Furtado.
A estratégia de buscar aliados fora de telecom não significa que a Deezer descarte novas parcerias com teles regionais, pelo contrário. “De todos os players de streaming, aquele que tem mais flexibilidade de apoiar as teles é a Deezer. Nós inventamos esse modelo com a Orange na França e conseguimos aplicar em outras regiões, enquanto fomos aperfeiçoando o modelo. Conseguimos formatar ofertas que são diferentes de uma para a outra, de acordo com o mercado, com a audiência e com os objetivos de cada operadora”, relata a diretora da empresa.
Barreiras
Furtado destaca como uma das principais barreiras para o negócio de streaming de música na América Latina a necessidade de mudança de cultura do consumidor, que ainda não está acostumado a pagar por música. Além disso, a baixa penetração de cartão de crédito é outro obstáculo, o que reforça a a importância de acordos de carrier billing com operadoras de telecom.
A Deezer está presente em toda a América Latina, exceto Cuba. A operação na região é tocada a partir de um hub em Miami, dividindo o escritório com os executivos que cuidam da operação nos EUA e no Canadá.
No mundo, a Deezer está disponível em 180 países. A empresa tem hoje 12 milhões de usuários ativos mensais.