A Qualcomm recusou uma nova proposta para ser vendida à rival Broadcom por US$ 121 bilhões. A investida da fabricante de chips de Cingapura focava na aquisição de todas as ações disponíveis no mercado. A oferta foi de US$ 82 por cada ação, sendo US$ 60 em dinheiro e US$ 22 em papéis da Broadcom.

Como motivo para negar o negócio, o conselho da Qualcomm disse que a proposta “desvaloriza materialmente” sua empresa, e, fica “muito aquém” do compromisso regulamentar que o board exigiria, uma vez que o risco de a transação falhar é “significativamente alto”. Por sua vez, os diretores da Broadcom disseram que esta seria a proposta final.

A primeira oferta de aquisição foi feita em novembro de 2017. Na época, a Broadcom ofereceu US$ 70 por ação. Em uma tomada hostil, a Broadcom ameaçou comprar as ações no mercado e convocou uma votação na assembleia geral dos acionistas para trocar o conselho da Qualcomm por diretores escolhidos por eles.

A assembleia geral está marcada para o próximo dia 6 de março. Na nota enviada aos acionistas na última quinta-feira, 8, o CEO e o presidente do Conselho da Qualcomm, Steve Mollekopf e Paul E. Jacobs, pediram para os acionistas votarem contra a Broadcom. Eles acreditam que os diretores estão qualificados para manter o bom rendimento do valor das ações no presente e futuro da companhia.

Proposta da NXP estendida

Nesta sexta-feira, 9, a Qualcomm informou que estendeu a oferta de compras das ações da NXP. Agora, a desenvolvedora de chipset adquiriu mais 5,2 milhões de ações, algo que representa 1,5% das ações ordinárias em circulação. Ao todo, a proposta passa a ser de uma compra de 80% dos papeis da fornecedora de semicondutores.

A decisão aconteceu devido a condições adicionais oferecidas no contrato de compra, mas coincide com a busca da Qualcomm por uma valorização de mercado ante a investida da Broadcom. Vale lembrar que a União Europeia aprovou, no final de janeiro, a compra da companhia holandesa pela norte-americana por US$ 47 bilhões.

 

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