Uma pesquisa feita pela Datafolha indica que a população aprova os serviços de transporte via aplicativos. 90% dos entrevistados concordam, total ou parcialmente, que os aplicativos de mobilidade são uma alternativa de sustento para desempregados ou para aqueles que usam os apps para gerar renda extra. Já 71% das pessoas preferem utilizar o serviço dos apps de transporte individual diante do oferecido pelos táxis comuns. Na comparação entre os serviços, segundo a pesquisa, os aplicativos são indicados como mais baratos (citado por 86% dos entrevistados) e mais rápidos para chegar ao ?local solicitado (para 75%).
Perguntados sobre a chance de votar em um político que apoie um projeto de lei capaz de inviabilizar o modelo atual de transporte particular por apps, 76% dos entrevistados dizem que as chances diminuem. Em ano de eleição, a Uber joga pesado para que as emendas do PL 5587/16 que os deputados votarão nesta terça-feira, 27 sejam finalmente aprovadas.
Relembre o caso
No final de 2017, o Senado alterou o projeto de lei, retirando do texto pontos como a obrigatoriedade de placas vermelhas (iguais às dos táxis), a exigência de que somente os donos dos veículos pudessem usá-los nos aplicativos e a proibição de circulação de veículos com placas de outros municípios.
Metodologia
A Datafolha ouviu pessoas com 16 anos ou mais, de diferentes classes econômicas. Ao todo, foram realizadas 2.086 entrevistas em todo o País, distribuídas em 130 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
99
A 99 defende a manutenção das emendas do Senado no texto do PL 5587/16. Segundo a assessoria da empresa, “tais mudanças tornaram o projeto mais equilibrado ao retirar o caráter estatizante e resolver possíveis disposições inconstitucionais como a competência exclusiva do município de regulamentar o serviço previsto na versão original da Câmara. As emendas adicionadas ao projeto ainda garantem mais proteção aos usuários uma vez que exigem checagem de antecedentes dos condutores. A proposta do Senado ainda confere aos municípios o poder de regulamentar com foco no interesse local além de fiscalizar a atividade dos motoristas de carros particulares. A 99 continua a defender uma regulamentação equilibrada que preserva a oportunidade de trabalho e renda de milhares motoristas, o direito de escolha de passageiros e a mobilidade das cidades.”
Cabify
A Cabify também aposta que a aprovação das emendas beneficiará o País e deixará o Brasil “na vanguarda mundial da regulamentação dos serviços de transporte individual de passageiros por aplicativos”. De acordo com a empresa, o texto aprovado pelo Senado em outubro de 2017 é “equilibrado por garantir mais alternativas de transportes para a população, beneficiar as cidades e também gerar renda para milhares de motoristas parceiros. Se as emendas ao PL 5587/16 não forem aprovadas, a empresa alerta a todos os brasileiros que será uma proibição velada para a mobilidade urbana”, diz a nota.