Toda cidade grande tem rádios com repórteres especializados em fornecer informações sobre o trânsito nas principais avenidas. Alguns andam de helicóptero, outros monitoram as câmeras da prefeitura. Mas e se os próprios motoristas criassem uma rede social e compartilhassem informações em tempo real, através de seus smartphones? Essa é a proposta do Waze, app disponível para vários sistemas operacionais, dentre os quais iOS e Android. Até mesmo os mapas das cidades são construídos automaticamente pelos usuários: quanto mais gente passa por uma reta, o software identifica que ali, provavelmente, existe uma rua. E depois ela pode ser nomeada pelos usuários na web. Eventualidades que afetam o tráfego, como acidentes e operações policiais, podem ser reportadas pelo app e ficam disponíveis para que todos vejam, quase como um "Twitter da Lei Seca", mas com os alertas exibidos sobre um mapa. Dá até mesmo para ver os demais usuários se locomovendo pela cidade e iniciar um bate-papo, se o engarrafamento permitir, claro. Radares de velocidade também costumam ser demarcados. Testei Waze pela primeira vez dois anos atrás, em um smartphone Android. Como o app havia acabado de ser lançado, o mapa do Rio de Janeiro estava incompleto e havia poucas informações. Parei de usar. De lá para cá, troquei de celular e resolvi agora dar uma segunda chance ao Waze. Para minha satisfação descobri que a comunidade de "wazers" no Rio de Janeiro cresceu bastante, fazendo com que o aplicativo comece a ser realmente útil.  Quanto mais gente usando, mais precisas são as informações sobre o trânsito. O único ponto negativo é que o Waze consome muita bateria, pois fica medindo a velocidade média de deslocamento do usuário para identificar pontos de congestionamento. É recomendado fechá-lo depois que chegar ao seu destino.

 

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