Ao que tudo indica, o lançamento de planos de voz ilimitada para chamadas para quaisquer operadoras móveis está surtindo efeito positivo para as teles no Brasil. Ou pelo menos está impactando um rival direto: foi registrada uma queda na frequência de uso de chamada de voz dentro do WhatsApp. É o que revela a mais recente edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel.
Atualmente, 63% dos usuários ativos mensais (MAUs, na sigla em inglês) do WhatsApp no Brasil declaram realizar chamadas de voz pelo app. É um percentual alto, ainda mais se levarmos em conta a hegemonia do WhatsApp, que está presente em 96% dos smartphones brasileiros, de acordo com a mesma pesquisa. Mas a frequência de uso do WhatsApp para chamadas de voz está diminuindo. Na pesquisa anterior, 57% dos usuários de chamadas de voz no WhatsApp afirmavam utilizar esse serviço todo dia ou quase todo dia. Agora essa proporção caiu para 47%, uma queda de dez pontos percentuais. E aqueles que afirmam que quase nunca usam subiu de 3% para 7%. Além disso, na pesquisa anterior, 52% dos usuários de chamadas de voz pelo WhatsApp diziam que falavam mais pelo app do que com o plano de minutos de sua operadora. Desta vez, a proporção se inverteu: 53% dizem que usam mais o serviço tradicional de chamada das operadoras do que ligações pelo WhatsApp.
A explicação para essa transição está no lançamento de planos de voz ilimitado para pós-pagos e pré-pagos em várias operadoras brasileiras ao longo dos últimos 12 meses. Se a ligação é ilimitada, para que usar a chamada de voz do WhatsApp e gastar sua franquia de dados? Por sinal, 69% dos usuários de chamada de voz pelo WhatsApp afirmam que utilizam esse serviço preferencialmente quando conectados a redes Wi-Fi. Apenas 31% declararam que não se preocupam se estão conectados em Wi-Fi ou na rede de dados das operadoras.
De todo modo, cabe destacar que a maioria dos usuários de chamadas de voz pelo WhatsApp seguem satisfeitos com a qualidade do serviço: 65% dão notas 4 ou 5, em uma escala de 1 a 5. Apenas 7% dão notas 1 e 2. E 28%, nota 3. O resultado não apresenta variação significativa em relação à pesquisa anterior nesse aspecto.
Para essa pesquisa foram entrevistados em janeiro 2.007 internautas brasileiros que possuem telefone celular. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Os dados completos estão disponíveis no relatório da pesquisa, que pode ser baixado aqui. Esta edição da pesquisa contou com o patrocínio da Infobip.