O sucesso do Square nos EUA está inspirando empresas ao redor do mundo a criar soluções similares, que transformam um smartphone ou tablet em uma máquina de POS para receber pagamentos de cartões de crédito. No Brasil, depois da 2Pay e da GoPay, ambas noticiadas por MOBILE TIME, é a vez da payleven. De origem alemã, a empresa chegou este mês ao Brasil e já conta com aproximadamente 600 estabelecimentos comerciais e profissionais liberais cadastrados por aqui. Sua meta é alcançar 500 mil ao fim de 2013.

A payleven oferece em regime de comodato um acessório para leitura dos cartões (Amex, Mastercard, Visa, dentre outros), que deve ser acoplado a um aparelho Android ou iOS. A leitura é feita pela tarja do cartão. Em um app do serviço instalado no smartphone do lojista, é marcado o código de segurança e a data de expiração do cartão, além do valor da transação. O consumidor então verifica se o preço está correto e assina com o dedo na tela do aparelho. O recibo é enviado por email ou SMS.

A payleven cobra uma taxa por transação que varia de acordo com o parceiro, a partir de 4,99%. Não há cobrança de mensalidade, o que é atraente particularmente para pequenas empresas e profissionais liberais. O tíquete médio entre os atuais parceiros da payleven no Brasil é de R$ 150.

A payleven é controlada pelo grupo alemão Rocket Internet, uma espécie de investidora e incubadora de novas empresas web, que conta atualmente com aproximadamente 50 projetos em seu portfolio, ao redor do mundo. Um deles é o Airu, um mercado online para artesãos, que estão entre os potenciais usuários de uma solução de m-payment como a payleven. Alguns dos artesãos do Airu já usam o app da payleven no Brasil. "É muito viral. Cada cliente acaba trazendo junto outros dois ou três", explica Renann Fortes, diretor da payleven no Brasil. Atualmente, 40% da base de usuários do serviço se concentra no Nordeste. Fortes relata que o segmento de venda direta é o que mais procura o serviço, principalmente para a comercialização de cosméticos, alimentos e roupas. Além de contar com o boca a boca, a empresa investe em marketing online e prepara algumas ações em mídia offline, revela o executivo.

Em relação à concorrência, Fortes aposta na imagem de solidez internacional transmitida pela Rocket Internet e nos rigorosos cuidados com a segurança das transações. Ele garante que as informações dos cartões não ficam armazenadas em nenhum servidor. E todo novo estabelecimento comercial é checado antes de receber o acessório, além de passar por um treinamento no pré-venda. "A segurança pode definir o sucesso ou o fracasso de uma solução de pagamento", avalia.

Além do Brasil, o payleven está presente na Alemanha, Reino Unido, Holanda e Polônia.

 

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