O estádio de futebol americano do New England Patriots, em Boston, nos EUA, conhecido como Gillette Stadium, deveria servir de exemplo para as arenas esportivas do Brasil durante os preparativos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nele foi montada uma rede de mais de 50 pontos de acesso Wi-Fi que provê não apenas conexão gratuita à Internet para os espectadores, mas também conteúdo sobre a partida, como replays em alta definição captados pelas câmeras do estádio e estatísticas dos jogos em tempo real, tudo disponibilizado através de aplicativos móveis para smartphones e tablets. O estádio tem capacidade para 70 mil espectadores. Dois meses atrás, na primeira partida com a infraestrutura instalada, registrou 18 mil conexões simultâneas à rede Wi-Fi. "O estádio vinha perdendo público, pois as pessoas estavam preferindo assistir em casa. O Wi-Fi pode virar fonte de receita, atraindo mais espectadores aos jogos", relata Reinaldo Opice, presidente no Brasil da Enterasys, companhia que foi responsável pela instalação da rede na arena norte-americana.
O executivo entende que no Brasil a postura dos administradores de arenas esportivas tem sido mais reativa: na melhor das hipóteses simplesmente instalam uma rede Wi-Fi para acesso gratuito. "Os estádios brasileiros ainda não perceberam que podem transformar uma rede Wi-Fi em uma ferramenta de marketing para atrair mais espectadores", comenta Opice.
BYOD
A Enterasys lançou esta semana uma nova linha de equipamentos para redes Wi-Fi corporativas, batizada de identiFi. Além de aprimorar a qualidade em áreas de alta densidade, a solução traz novas ferramentas de gestão de acessos, especialmente para a tendência corporativa de BYOD (Bring Your Own Device), pois permite a identificação dos devices e controle o do tráfego dentro da rede. "O BYOD gerou um aumento brutal de uso de banda nas redes corporativas. Nossa solução pode restringir a banda de acordo com o tipo de conteúdo acessado", exemplifica. Outra funcionalidade nova diz respeito à segurança, com melhor controle de invasões de rádio, como pontos de acesso piratas. A Enterasys trabalha tanto com controladoras físicas quanto virtuais. "Há prós e contras cada modelo. A melhor opção depende de cada projeto e do seu plano de negócios", explica.
Segundo Opice, o ano fiscal de 2012 da Enterasys, encerrado em setembro, foi positivo para a empresa no Brasil, com aumento de 56% da base de clientes de soluções sem fio e crescimento de quase 100% no número de projetos nessa área, apesar da retração dos investimentos em TI no País como um todo nesse período. Segundo Opice, a Enterasys é particularmente forte nas verticais de educação, saúde e manufatura.