Com mais de três décadas de atuação no ramo de sistemas integrados e gestão de negócios, a NL Informática vem adotando soluções móveis para atingir uma meta de crescimento de 25% de suas receitas em 2012. A empresa tem dois carros-chefes no setor mobile: o primeiro, em vias de ser lançado comercialmente, consiste na adaptação de sua solução de gestão de negócios para dispositivos móveis, e o segundo prevê o lançamento de um software baseado na tecnologia RFID para o controle de estoque e a confecção de inventários comerciais.

A empresa se especializou em prover soluções para a gestão de negócios, mas há três anos entrou com mais força no mercado de varejo, ao desenvolver um sistema de ponto de vendas, que a permitiu “entrar na loja” e se aproximar mais da realidade do lojista, observando de perto suas necessidades. Daí notou-se a tendência de trazer a gestão mais para perto do cliente, o que levou à adoção de soluções adaptadas para devices móveis. O primeiro passo foi a colocação dos módulos de negócio da empresa em uma plataforma web, o que transformou o contato da NL com o cliente.

O desdobramento natural dessa tendência foi a adoção de uma plataforma mobile, evolução que está prestes a se realizar, na forma do NL Mobile (nome adotado provisoriamente), que consiste na adaptação da solução de gestão da empresa para smartphones e tablets. Trata-se de um aplicativo gerencial focado na operação, que permite ao gestor controlar remotamente aspectos fundamentais de seu negócio. Voltada para gerentes e administradores, a ferramenta possibilita o controle de relatórios e consultas gerenciais para varejo. Com essa ferramenta, o gestor de loja terá acesso ao volume de vendas mensal e controle sobre o orçamento de vendas que foi estipulado. Além disso, o aplicativo permite o acesso em detalhes de quais vendedores e produtos estão dentro do plano de vendas de cada loja, entre outras consultas disponíveis, tudo por meio do smartphone.

O produto, que ainda não foi lançado comercialmente, está em fase final de testes, e deve ter sua versão piloto apresentada nas próximas semanas. A princípio, será lançada a versão do aplicativo para iPhone, mas há previsão de que entre abril e maio sejam lançadas as versões para Android e Windows Phone.

A meta da empresa é de que todos os clientes atuais migrem para a nova plataforma até o fim de 2012. Ainda não se definiu se a plataforma móvel vai ter custo adicional para o cliente: o que se sabe é que essa primeira versão do aplicativo será disponibilizada gratuitamente, podendo passar a haver cobrança a partir da próxima atualização.

RFID

O segundo pilar da estratégia da empresa no que se refere ao mercado de tecnologias móveis reside no desenvolvimento de um software que opere com a tecnologia RFID, projeto que vem sendo desenvolvido há dois anos e que recebeu incentivo governamental por meio do Finep. Trata-se de de um método de identificação automática, que armazena dados remotamente por meio de dispositivos, semelhantes a etiquetas, que podem ser colocados em produtos. Essas tags têm um chip de identificação que guarda informações, as quais são lidas por um aparelho com antena (que funciona por frequência de rádio) e armazenadas em um servidor. Entre seus benefícios estão a diminuição no tempo e no custo de operações e maior agilidade nas atividades de logística: possibilita-se ao produtor fazer inventários rapidamente e manter controle de estoque com maior simplicidade.

Baseando-se nessa tecnologia, a NL desenvolveu um software que operacionaliza e integra os sistemas de gestão por meio do uso do RFID. Ou seja, a solução da empresa possibilita o armazenamento dos dados captados e sua transformação em informação facilmente acessível e operável pelos clientes.

O projeto de RFID já está completamente desenvolvido, restando agora trabalhar em um piloto para ser comercializado no mercado brasileiro. Mas por se tratar de uma tecnologia cara, os clientes ainda hesitam em sua aplicação.

“O produto está 100% preparado, o mercado é que ainda não está”, afirma a gerente comercial e de marketing da NL, Grasiela Scheid Tesser, para quem nos próximos dois a três anos o RFID deve estar plenamente consolidado no Brasil.

 

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