Investidores do mercado de ações precisam acompanhar o tempo inteiro as notícias de economia e as cotações da Bolsa de Valores. Por isso, faz todo o sentido para corretoras de ações, especialmente aquelas que trabalham com o grande público, desenvolver aplicativos móveis através dos quais os seus clientes possam verificar os preços dos papéis e realizar comandos de compra e venda. Foi o caso da Rico.com.vc, uma das maiores home brokers em atividade no País. Um ano após lançar seu primeiro app móvel, a empresa acumula um volume de 3.150 downloads, o que equivale a quase 20% dos seus investidores. "O celular é quase uma extensão do nosso corpo. Se o investidor não tem um PC por perto para acompanhar as cotações, pode fazê-lo do telefone móvel", comenta a diretora de marketing da Rico.com.vc, Mônica Saccarelli.
A Rico.com.vc tem hoje 16 mil clientes. Desse total, cerca de 60% são considerados ativos: realizam pelo menos uma operação por mês. O app para iPhone, lançado um ano atrás, acumula 2,1 mil downloads. A versão para Android, disponibilizada há apenas um mês, registrou nesse curto período 1,05 mil downloads. "O cliente que baixa o app costuma ser mais ativo: acompanha mais o mercado e realiza mais transações", compara a executiva. Porém, essas operações ainda são majoritariamente feitas pela web tradicional, na frente de um PC ou desktop. Segundo Mônica, a quantidade de ordens de compra e venda que partem do aplicativo móvel é pequena por enquanto. Ela atribui isso à tela diminuta dos aparelhos.
iPad e Blackberry
Na versão para iPad, que será lançada dentro de poucas semanas, a quantidade de ordens de compra e venda deve aumentar, prevê Mônica. A versão para iPad terá mais gráficos e permitirá que os investidores participem de palestras virtuais sobre o mercado de ações promovidas pela corretora.
Uma versão para Blackberry também será lançada dentro de alguns dias. Ainda não há previsão para Windows Phone.
A Rico.com.vc negocia em média R$ 2,2 milhões por mês e administra um volume de R$ 380 milhões em ações sob custódia. A empresa cobra uma taxa de corretagem de R$ 9,80 por transação. Não há cobrança por abertura de conta e nem por manutenção mensal. O cliente fica isento da taxa de custódia se realizar pelo menos uma operação por mês.