Há um mês, funcionários da SuperVia, concessionária que administra o serviço de trens no Rio de Janeiro, estão testando uma solução de bilhetes em SMS. Um equipamento especial, capaz de ler um código presente em uma mensagem de texto na tela do celular, foi instalado em uma catraca na estação Central do Brasil. "Não houve qualquer problema até agora. A leitura é feita em 50 milissegundos, mesmo tempo do cartão hoje utilizado pela SuperVia", afirma Rodrigo Petroni, sócio-diretor da UPM2, empresa brasileira responsável pela solução, criada originalmente por uma companhia sueca. O equipamento também é capaz de ler códigos de barras, NFC, Mifare, RFID e outros protocolos. A UPM2 se propõe a vender a solução completa, incluindo as máquinas leitoras, que no futuro serão fabricadas no Brasil. A SuperVia ainda está avaliando a contratação da tecnologia.
A solução de bilhete móvel testada na Central do Brasil é a mesma avaliada com sucesso no ano passado no pedágio da rodovia Dom Pedro I (SP-065) por funcionários da concessionária Rota das Bandeiras. A venda de créditos ou de bilhetes pode ser feita via web ou por qualquer outra forma considerada conveniente pela empresa que adotar a solução. O fundamental é que o número de telefone do consumidor seja associado àquela venda. Assim, ele receberá um SMS com o código para ser lido pela máquina leitora, esteja ela instalada em uma catraca ou em uma cabine de pedágio. Esse equipamento, por sua vez, precisa estar conectado aos servidores do serviço, pois realiza em tempo real a checagem da validade daquele código.
Na rodovia Dom Pedro I a solução não foi adotada ainda porque depende de aprovação pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).