Contratada pelo Exército brasileiro para fornecer a tecnologia de comunicação via rádio utilizada na missão de pacificação do Haiti, a Motorola Solutions vem recebendo um feedback positivo, segundo relatou Edison Ambrosio, gerente de contas da Motorola Solutions Brasil. Trata-se, segundo o executivo, do primeiro sistema de comunicação via rádio totalmente digital utilizado pelo Exército brasileiro. Os principais ganhos foram em termos de aumento da área de cobertura e melhora na qualidade do sinal. “Hoje, o feedback que temos é muito positivo. Conseguimos cobrir 100% da área de operação do Exército mantendo a qualidade do sinal”, diz ele, destacando ainda a convergência dos aparelhos de comunicação móvel por rádio com o sistema de telefonia normal.

Em Porto Príncipe (capital do Haiti), a instalação do sistema compreendeu três sítios que foram dimensionados de forma a garantir a cobertura mesmo em caso de falha de um deles. Se isso ocorrer, o outro dará o suporte necessário.

Os militares em missão no Haiti receberam 625 rádios portáteis modelo XTS 2500 e 142 rádios móveis modelo XTL 2500. No total, mais de 30 mil homens, entre usuários diretos, coordenadores e executantes, terão contato com a tecnologia, que contribuirá para a prestação de socorro médico, segurança, distribuição de itens de primeira necessidade às populações vítimas de calamidades ou expostas aos perigos da criminalidade.

Os rádios utilizados na missão são todos fabricados no Brasil, com tecnologia trazida dos Estados Unidos pela Motorola Solutions. O contrato foi conseguido por licitação, tendo sido fundamental, segundo Ambrosio, o uso bem sucedido da tecnologia em outras partes do mundo. “Trata-se de um sistema difundido pelo mundo todo. O Exército dos Estados Unidos, por exemplo, já o utiliza”, diz ele, ressalvando que foram feitos estudos para adaptar a tecnologia às necessidades do Exército brasileiro. No Brasil, o sistema também já fora usado em outras operações importantes,como o monitoramento de fronteiras na região norte do País e a implantação da UPP do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. “Em certos locais no Norte do Brasil, as condições para a instalação de um sistema de comunicação chegam a ser mais difíceis que as do Haiti”, disse.

Em termos de segurança, todas as informações circuladas pelo sistema de rádio são criptografadas, dificultando interceptações ou escutas ilegais. O processo de criptografia foi todo implementado por técnicos do Exército, enquanto à Motorola coube a implantação da estrutura de comunicações

 

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