Na área da tecnologia da informação, as compras de tablets e os contratos de serviços de licença pelo uso de software foram os bens e serviços mais adquiridos pela administração pública federal no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento feito pelo Ministério do Planejamento, a partir de dados do portal de compras Comprasnet. A aquisição de tablets foi responsável por 45% das compras de TI, ou um gasto de R$ 337,9 milhões. As compras de bens representaram 87%, aproximadamente R$ 745 milhões, e as de serviços 13%, com R$ 107,6 milhões.
De janeiro a junho, o Ministério da Educação foi o órgão da administração federal que mais realizou compras de TI, respondendo por 59% dessas contratações, o equivalente a R$ 499,3 milhões. O secretário de logística e tecnologia da informação do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza, destaca a participação do MEC nas compras de TI, pois envolve programas educacionais, e enfatiza a modernização da administração pública federal por meio da aquisições de tablets. “Já temos também uma participação significativa destes equipamentos nas áreas administrativas da União”, afirma.
Regionalmente, os órgãos federais que mais contrataram bens e serviços estão concentrados no Centro-Oeste (66%), totalizando gastos de R$ 565,4 milhões. Os órgãos do Distrito Federal respondem pela quase totalidade das compras nessa região, atingindo R$ 547,1 milhões.
Evolução
Em relação a 2007, a compra de bens e serviços de TI em 2012 cresceu 25%. Nesse período, o pregão eletrônico foi a modalidade mais utilizada para contratação, gerando uma economia média de 19%, estimada em R$ 83 milhões. Em 2012, o pregão eletrônico já responde por 99,3% das licitações dessas compras, proporcionado uma economia de 28%, o equivalente a R$ 332,9 milhões.
Os dados indicam ainda uma evolução no número de fornecedores, passando de 6.887, em 2007, para 7.983, em 2012, ano em que representaram 73% do total de participantes nas licitações de bens e serviços de TI. Nos últimos cinco anos, a participação das micro e pequenas empresas (MPEs) nas aquisições públicas registrou uma evolução de 30%.