Varejistas e empresas de meios de pagamentos querem reduzir este ano as barreiras que as pessoas têm na hora do pagamento, seja em lojas de rua ou aplicativos, explica André Fatala, diretor de tecnologia do Magazine Luiza.

“Queremos remover fricção do processo como um todo, principalmente no pagamento. Têm muitas soluções, mas nem todas funcionam. É preciso mapear, identificar o sintoma e resolver”, comenta o executivo da varejista. “O que estamos tentando fazer é encontrar os pain points. Conseguimos diminuir a dor do cliente com o atendimento via app. Agora, temos dois desafios: caixa (na hora de pagar) e crédito”, completou.

Durante sua palestra no Congresso de Meios de Pagamentos (CMEP), Fatala disse que para diminuir a “fricção” do pagamento, o Magazine Luiza tirou 400 caixas das lojas para acelerar a compra apenas por meios digitais. Com isso, o tempo de finalização de compra caiu de 40 minutos para 4 minutos. E, para o crédito, a redes varejistas começaram a fazer liberação via app com o uso de reconhecimento facial, algo que reduziu de 35 minutos para 7 minutos a abertura de um crediário.

Por sua vez, Luca Cavalcanti, diretor-executivo de pesquisa e inovação em canais digitais do Bradesco, também disse que a primeira etapa é aplicar essas soluções internamente e, em seguida, para os clientes. Ele citou a ferramenta de inteligência artificial do Bradesco, BIA, que teve 5 milhões de interações com os funcionários e já passa dos 8 milhões com seus clientes. Além disso, informou que 70 mil testes com reconhecimentos estão sendo realizados pelo banco em sua central telefônica.

“Nós partimos do conceito mobile-first e agora fomos para a inteligência artificial”, disse Cavalcanti. “A inteligência artificial vem, sem dúvida. Ela é disruptiva, seja no call center ou no ponto de venda. O ponto principal é a interface. No fim das contas, o cliente escolherá o que quer”.

Do lado das bandeiras, o vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Visa Brasil, Nuno Lopes Alves, defendeu as companhias financeiras abram suas portas para a inovação, como liberar APIs e SDKs. No caso da Visa, 150 ferramentas foram liberadas para seus parceiros.

 

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