Fazer dinheiro com vídeos no YouTube requer construir uma grande base de fãs: a receita só se torna significativa com números de visualizações na casa dos milhões, pois o modelo de negócios consiste na divisão da receita publicitária entre Google e o responsável pelo vídeo. Esse conceito não funciona para produtores com conteúdo de qualidade voltado para nichos. Foi pensando neles que a brasileira Samba Tech criou cerca de um ano atrás a Samba Play, uma plataforma na web que viabiliza a distribuição de canais pagos de vídeo na Internet. É como se qualquer pessoa ou empresa pudesse criar o seu serviço de streaming de vídeo por assinatura over the top (OTT). Em 12 meses, a Samba Play já atende a quase 200 provedores de conteúdo, cujos canais acumulam mais de 35 milhões de page views e um tráfego de 7 milhões de GB, informa a empresa para Mobile Time.
“É uma plataforma que permite produzir, distribuir e monetizar vídeos para visualização em computadores, tablets e smartphones. É um caminho para canais de YouTube que queiram obter melhor monetização”, diz Claudio Luiz da Silva, diretor de mobile e OTT da Samba Tech.
Na Samba Play o cliente cria um site para o seu serviço de streaming, sem a necessidade de contratar um desenvolvedor ou um designer, pois os templates já estão prontos. Na prática, seu único trabalho é produzir os vídeos e transferi-los para a plataforma. Toda a parte de billing é oferecida também pela Samba Play. Os produtores de conteúdo pagam uma mensalidade fixa e ficam com 70% da receita oriunda das assinaturas do seu canal, enquanto a Samba Tech fica com os 30% restantes. A Samba Play registra atualmente menos de 0,5% de charge back.
Os conteúdos que têm feito mais sucesso na plataforma são aqueles com objetivo educativo ou de treinamento, geralmente produzidos por professores ou especialistas. A empresa cita como exemplos os canais MetaFlix, Academia Lair Ribeiro, Janaína Pimenta (Self Vocal), Portal Emergência, MeuSucesso.com, FishTV e Biologia Total (Prof. Paulo Jubilut).
O próximo passo da Samba Tech será oferecer para os produtores de conteúdo o serviço de marketing e divulgação para o lançamento de um canal. “Vamos aproveitar o nosso volume para baixar o custo por aquisição (CPA). A gente cuida do marketing no lançamento, mas em contrapartida aumentamos um pouco a nossa participação no revenue share”, explica Silva. Também está no roadmap da empresa levar a plataforma para outros mercados fora do Brasil.
