50% dos consumidores da Visa fizeram transações online nos últimos três meses de 2017, um aumento de 30% em relação ao mesmo período um ano antes. A novidade foi apresentada nesta semana pela bandeira de cartões através do Score Digital, um estudo sobre os gastos de clientes em lojas de e-commerce e serviços via aplicativos.
Outro dado da análise mostra que quatro em cada dez brasileiros com cartão Visa são considerados consumidores digitais, e que foram feitas 71 mil compras digitais por hora em 2017, um aumento de 25% se comparado com 2016. São consideradas compras digitais as assinaturas de serviço de streaming, os gastos em apps de transporte e turismo, as compras de apps em marketplaces, os gastos em mídias sociais e as aquisições de produtos em comércios eletrônicos.
Tipos de consumidor
O Score Digital da Visa divide os consumidores em três perfis: low digital, pessoas com gastos esporádicos em meios digitais; medium digital, aqueles que compram com frequência em meios digitais, mas ainda gastam mais em lojas físicas; e heavy digital, usuários que realizam a maior parte de suas compras em canais digitais.
Nesta divisão, a quantidade de pessoas consideradas low digital caiu de 50% para 43% entre 2016 e 2017. Por sua vez, os clientes do medium digital subiram de 39% para 43%, e de heavy digital, de 10% para 14%. Nota-se ainda que o gasto médio do consumidor heavy é três vezes maior que o medium e oito vezes superior ao low. E, ao considerar transações digitais e não digitais feitas pelos clientes Visa, o heavy gasta duas vezes mais que o médium e quatro a mais que o low.
O crescimento de gastos entre os consumidores medium e heavy é visto como uma tendência da economia digital na bandeira, como explica Rodrigo Santoro, diretor executivo da Visa consulting e analytics e responsável pela pesquisa.
“A forma como os consumidores realizam suas compras está mudando rapidamente. Os meios digitais de consumo estão substituindo os tradicionais e esses dados refletem isso. Estamos observando um crescimento expressivo dessas novas formas de servir os consumidores, utilizando diferentes tecnologias”, disse o executivo em e-mail enviado a Mobile Time. “Por exemplo, clientes que trocaram o táxi tradicional por um serviço via aplicativo, clientes que ouvem música ‘on-demand’, através de serviços de streaming, ao invés de comprar o CD completo de determinado artista, entre muitos outros. Quanto maior a adoção dessas tecnologias digitais, maior o número de clientes ‘heavy’ digital”.
Gastos por segmento
Das áreas que mais tiveram gastos em 2017, os serviços de streaming lideram ao lado das compras de transporte e mobilidade. Juntas, as duas áreas representam 30% do total. Santoro explica que o crescimento deste último segmento foi puxado pelos serviços de transporte individual (táxis e carros particulares).
Considerando apenas consumidores medium e high é possível perceber que essa tendência é mais forte. Em especial em transportes, ressalta o executivo: “Essa é uma das maiores dimensões dentro dos clientes digitais. 38% dos clientes medium e heavy digital utilizaram seu cartão Visa para realizar alguma compra relacionada à mobilidade e transporte”.
Confira a tabela abaixo dos gastos em medium e heavy:
Segmento | Gastos (%) |
Media & Streaming | 44% |
Transporte | 38% |
E-commerce tradicional | 33% |
Comércio e apps disruptivos | 21% |
Apps | 19% |
Social Media | 3% |
Vale explicar: a soma ultrapassa 100% pois o cliente pode estar em mais de um segmento.