A cidade do Rio de Janeiro começa a ganhar aos poucos uma rede pública em LoRa, padrão de rede para Internet das Coisas (IoT). A solução foi apresentada por Lucio Netto, diretor de desenvolvimento de negócios da Phygitall e presidente da Rede IoT nesta segunda-feira, 2, em São Paulo.

“O primeiro projeto da Rede IoT é no Rio de Janeiro. Temos um projeto para expandir para 150 gateways para cobrir toda cidade. Estamos com projetos com Marinha, AquaRio, Novotel e Museu do Amanhã, e, em breve, vai ser expandido com Infnet”, explicou Netto durante palestra no IoT Day da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc).

“A ideia neste primeiro momento é trazer mais segurança com o georreferenciamento dos agentes de segurança (policiais, bombeiros, guardas de trânsito etc.). Mas pode ter sensores de tiros de armas de fogo, proteção de monumentos e iluminação pública no futuro”, completou.

Sonho e realidade

Atualmente, a Rede IoT já conta com quatro antenas LoRa na cidade: duas na Baía da Guanabara e duas na região central do Rio. Cada antena alcança um raio de 1,5 km para conexões. Por sua vez, o sensor que faz a conexão com o gateway é produzido pela Phygitall.

Como prova de conceito, a empresa fez projetos de gestão de ativos com Embraer, Marinha e Instituto Renovar (Barragem de Mariana, MG). No entanto, ele revela que embora tenha funcionado bem, está adaptando o sensor para um tamanho menor, de modo que fique mais comercial.

Questionado se a falta de certificação da Anatel para os gateways LoRa interfere no desenvolvimento do projeto, Lucio Netto acredita que não. Disse que mesmo os projetos feitos com Embraer e Marinha faziam parte do desenvolvimento do ecossistema e, uma vez mais disseminada a LoRa, suas aprovações devem ganhar espaço na agenda de empresas.

Modelo de negócios

No modelo de negócios, Netto explicou a Mobile Time que a ideia é que essa rede seja pública, e, se possível, gerenciada por uma operadora. Eles, por sua vez, entram com o sensor. A rede seria financiada por empresas que estão interessadas em criar uma rede deste porte: “Eu me vejo como uma rede pública, uma associação sem fins lucrativos, Mas para fazer essa rede eu preciso de 150 gateways e para chegar neste número precisamos de apoiadores”.

Próximas etapas

Em 2018, a rede LoRa da Rede IoT deve ser expandida para a região da Lagoa Rodrigo de Freitas e para a Zona Portuária do Rio de Janeiro. Este ponto histórico da capital fluminense ficou conhecido por apresentar soluções de cidades inteligentes, como o bueiro inteligente.

 

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