A  tokenização, tecnologia que simula um número de cartão em uma transação financeira, é vista como um padrão de segurança que mudou a indústria de pagamentos e trouxe mais segurança às empresas e aos usuários, sendo aceita atualmente em ferramentas como Apple Pay e cartões de embarque. No entanto, ela é vista apenas como uma primeira camada para especialistas, como explicou Maurício Cabreira, gerente de negócios digitais da Idemia na América Latina.

“A tokenização é segura, mas não garante toda a segurança do usuário. Pois tem o passo antes, o registro, e, depois, o uso em si. Hoje, eles (fraudadores) tentam atacar essas pontas. É preciso ter segurança que mostre que você é realmente você”, ressaltou Cabreira. “É comum um fraudador usar seu ID para fazer uma compra em um mercado ou comprar um chip de operadora e ter uma linha em seu nome”.

O executivo da companhia francesa defendeu a biometria, como uma camada extra para entrar  junto com a tokenização. Uma solução que pode atuar no “antes e depois”, ou seja, ela funcionaria para proteger o usuário durante o registro de seu cartão e nos pagamentos, por exemplo, de modo a evitar que a fraude aconteça.

“A biometria existe há muitos anos, mas ela vem sendo utilizada mais recentemente por causa dos smartphones; e hoje tem uma tecnologia muito mais fácil com a biometria facial que também começa a ser embarcada em handsets, bancos e até em carros”, explicou o gerente da Idemia. “Tem alguns exemplos de combate de fraude com plano de saúde que querem usar o rosto para reconhecer o paciente e agilizar o atendimento. Tanto que estamos em contato com as operadoras de saúde”.

Ecossistema seguro

Por sua vez, Carlos Romero, diretor de desenvolvimento de marketing para soluções embarcadas de Internet das Coisas (IoT) na América Latina para a Gemalto, preferiu abordar as relações do IoT com a sociedade, durante o Smart City Business América, nesta segunda-feira, 16. Romero ressaltou que as empresas que trabalham com IoT devem “gerar confiança” através de um ecossistema confiável para todas as entidades. Para isso, o diretor disse que a segurança tem que ser mais avançada, por isso devem adotar ferramentas como a biometria.

“Teremos a oportunidade de conectar pessoas e máquinas. Além de virtualizar e fazer relacionamentos entre o real e o virtual”, falou Romero a uma plateia de gestores públicos e desenvolvedores. “IoT não é só tecnologia, mas uma nova forma de compartilhar e gerar informação. É uma forma descentralizar tudo, com serviços novos na nuvem”.

Romero, da Gemalto, finalizou dizendo que gestores e empresas têm a oportunidade de mudar o modelo de negócios “do século 20 para o século 21”. Com funções muito mais “heterogêneas, colaborativas, dinâmicas, com mais interconexões”, e com seus modelos de negócios baseados nas conexões do ecossistema, e, não nos lucros.

 

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