O Brasil está em sexto lugar no ranking da fraude em publicidade móvel. De acordo com estudo da AppsFlyer publicado nesta terça-feira, 17, o País registrou US$ 15 milhões de prejuízo em fraudes em publicidade móvel no último trimestre. Ainda assim, os brasileiros estão longe dos norte-americanos e seus US$ 98 milhões registrados com fraude. No mundo, a fraude na publicidade para dispositivos móveis registrou US$ 700 milhões em perdas no primeiro trimestre de 2018.
Por setor, os aplicativos de compras são os que mais sofrem com fraude no mundo, US$ 275 milhões durante o primeiro trimestre, enquanto os apps de redes sociais foram os menos afetados, com US$ 6,5 milhões de prejuízo. Por sua vez, a divisão por sistema operacional demonstra que as fraudes no Android são três vezes maiores que em iOS. Segundo o documento, isto acontece devido à escala global do OS ser maior. Foram analisados 6 mil aplicativos e mais de 10 bilhões de instalações para o estudo.
Entre os ataques mais comuns estão: flooding de cliques (inundação de relatórios de falsos cliques), hijacking de instalações (sequestro de crédito por instalação de app), fazenda de dispositivos (locais cheios de handsets para forjar o incremento de uma campanha), robôs (código maliciosos que realizam cliques, instalações e eventos em apps que nunca foram instalados) e anomalias comportamentais (sistema que simula relatório de cliques e instalações).
Ataques aos apps
A análise revelou também que a taxa global de fraudes de instalações de aplicativos é de atualmente 11,5%. Ou seja, de cada 1 mil instalações orgânicas 115 são falsas. Além disso, um em cada 10 aplicativos tem um mínimo de 30% de fraude (em uma base de 2,5 mil apps). Outro dado do estudo mostra que a taxa de fraude de instalações de aplicativos subiu de 10% em agosto de 2017 para 12,6% em fevereiro de 2018, aumento de 2,6 pontos percentuais.
Na visão da AppsFlyer, esse crescimento acontece devido aos ataques baseados em robôs que roubam cliques e das fazendas de dispositivos (device farms, na tradução em inglês). Atualmente, as fazendas respondem por 27% das fraudes enquanto os robôs, por 30%. Em agosto do ano passado, as fazendas eram responsáveis por 53% das fraudes, já os robôs nem eram citados.