Depois do escândalo do vazamento de dados com a Cambridge Analytica, o Facebook passou por momentos tensos com medo de perder parte de seus usuários, em especial depois do movimento #deletfacebook. Só que a ameaça ficou apenas na vontade. Nada mudou, ou melhor, o primeiro trimestre de 2018 foi até generoso com a companhia com o crescimento do número de usuários ativos diários para uma média de 1,45 bilhão em março, quando as notícias do escândalo começaram a aparecer. Em dezembro de 2017, esse número era de 1,40 bilhão.
A plataforma tinha 2,20 bilhões de usuários ativos mensais (MAUs) no final de março, ante 2,13 bilhões no final de dezembro, algo significativamente superior aos 1,94 bilhões encerrados no primeiro trimestre de 2017.
Outra curiosidade foi o aumento do número de usuários nos Estados Unidos e Canadá para 185 milhões depois de uma queda ligeira para 184 milhões em dezembro do ano passado.
O aumento da receita em 49% superou as expectativas de todos. Enquanto o Facebook gasta para consertar grandes problemas como manipulação de eleições e privacidade – questões que afetam a imagem da empresa – o CEO Mark Zuckerberg afirmou que o Facebook irá investir em criação de novas experiências que unam as pessoas na plataforma.
A empresa gerou US$ 11,97 bilhões em receita durante o primeiro trimestre de 2018, comparado a US$ 8,03 bilhões no mesmo trimestre de 2017. O lucro líquido da empresa no trimestre foi de US$ 4,99 bilhões. No mesmo período do ano passado foi de US$ 3,06 bilhões. Detalhe importante: as estimativas de receita estavam em US$ 11,41 bilhões.
As ações subiram 6,3%, para US$ 169,83, logo cedo, em Nova Iorque, um alento, já que as ações caíram cerca de 14% desde que os novos relatórios sobre lapsos de privacidade de dados surgiram em março.