A Vivendi não controla mais o board da Telecom Italia. Após uma batalha que persistiu pelos últimos meses, o fundo norte-americano Elliot Management obteve dois terços das cadeiras no conselho de administração da controladora da TIM Brasil. Em comunicado ao mercado nesta sexta-feira, 4, a italiana confirmou os dez novos nomes independentes da chapa composta pelos acionistas Elliot International, Elliot Associates e The Liverpool Limited Partnership.
A eleição ocorre após a saída em massa de conselheiros em março. O novo conselho agora contará com Fulvio Conti, Alfredo Altavilla, Massimo Ferrari, Paola Giannotti de Ponti, Luigi Gubitosi, Paola Bonomo, Maria Elena Cappello, Lucia Morselli, Dante Roscini e Rocco Sabelli.
Além deles, cinco diretores da chapa da Vivendi foram eleitos, incluindo o atual CEO da TI (e ex-presidente da Vivo no Brasil), Amos Genish, e o CEO da própria francesa, Arnaud de Puyfontaine. O novo board então terá 15 diretores, com mandato de três anos de exercício (até a aprovação do balanço financeiro em 31 de dezembro de 2020). Haverá uma compensação para o board de 2,2 milhões de euros que será distribuída pelos membros. Na próxima segunda-feira, 7, o novo conselho de administração deverá apontar um CEO (que pode ou não continuar a ser Genish) e chairman.
A mudança não é apenas de nomes. O fundo de investimentos do bilionário Paul Singer acusava a Vivendi de não atender aos interesses dos acionistas italianos. Ainda assim, a francesa continua como acionista majoritária, com 23,94% do capital da Telecom Italia, enquanto a Elliot tem pouco abaixo de 9%.
Em comunicado, a Vivendi disse que ficará “extremamente vigilante para garantir que Amos Genish receba a garantia dos membros da diretoria apresentados pela Elliot de que o plano industrial 2018-2020 possa ser alcançado por completo e em toda a sua coerência”. Afirmou ainda que, por continuar sendo a maior acionista da Telecom Italia, “reafirma seu compromisso de longo prazo com a companhia e tomará todas as medidas necessárias para preservar seu valor e evitar seu desmantelo”.