O mercado global de serviços de telecomunicações, segundo um levantamento da Ericsson, pode passar de US$ 1,5 trilhão globalmente para pouco mais de US$ 1,7 trilhão em 2026, um aumento de 1,5%. Mas as receitas com a digitalização de diferentes setores com a introdução de TICs passa de cerca de US$ 1 trilhão para US$ 3,4 trilhões no mesmo período, um aumento de 13,6%. Para Antonio Vanni, VP de digital services da Ericsson, que participou esta semana do WeDo User Group 2018, essa é uma tremenda oportunidade para empresas de telecomunicações, sobretudo porque 38% das receitas com serviços digitais em 2026, ou US$ 1,3 trilhão, decorrerão diretamente de serviços viabilizados pelas redes 5G.
Cerca de metade desse valor está, segundo estimativas da Ericsson, acessível para ser capturada por empresas de telecomunicações, mas para isso é preciso ir além do provimento de infraestrutura e partir para a oferta de serviços integrados. Caso se restrinjam apenas na infraestrutura de 5G, as teles ficarão com não mais do que US$ 200 bilhões do valor criado com as redes 5G. Se forem para a oferta de serviços, podem ter US$ 620 bilhões adicionais, em valores globais. Ou seja, as redes 5G, potencialmente, podem proporcionar um crescimento de 36% nas receitas.
E onde estão estas receitas? Os mercados de energia, segurança, saúde, transporte e mídia apresentam oportunidades importantes, cada uma delas respondendo em média com cerca de 12% das novas oportunidades de negócio. Com um peso um pouco menor estão, nas estimativas da Ericsson, os mercados automotivos, de serviços financeiros e varejo.