Uma falha no software implicou em mais uma dor de cabeça para o Facebook. Dessa vez, a empresa disse que 14 milhões de usuários podem ter, sem saber, publicado para todos informações direcionadas a amigos ou, no máximo, amigos de amigos.
O bug estava ativo entre os dias 18 e 27 de maio e alterou as postagens para serem automaticamente públicas.
A empresa disse que voltou e recategorizou os posts afetados para a configuração padrão do usuário antes do bug, e o problema foi corrigido. Além disso, o Facebook notificará os 14 milhões de usuários que podem ter sido afetados a partir desta quinta-feira, 7, com um alerta em suas notificações.
Dos males, o menor
Embora relativamente pequena em comparação com os recentes problemas enfrentados pela empresa, a falha é outro deslize para uma empresa que já está sob fogo pesado devido a questões com a privacidade de seus usuários.
Esta semana, o Facebook vem respondendo a perguntas sobre a natureza dos acordos de compartilhamento de dados de usuários do portal com fabricantes de celulares, incluindo os chineses Huawei, Lenovo, Oppo e TLC. Os acordos datam de pelo menos 2010.
As quatro parcerias continuam em vigor, mas funcionários do Facebook disseram em uma entrevista que a empresa iria encerrar o acordo com a Huawei até o final da semana.
O Facebook deu acesso aos fabricantes de dispositivos chineses, juntamente com outros – incluindo Amazon, Apple, BlackBerry e Samsung – cujos acordos foram divulgados pelo The New York Times no último domingo.
Os acordos foram parte de um esforço para empurrar mais usuários móveis para a rede social a partir de 2007, antes que os aplicativos do Facebook funcionassem bem nos telefones. Isso permitiu que os fabricantes de dispositivos oferecessem alguns recursos do Facebook, como catálogos de endereços, botões “curtir” e atualizações de status.
O senador John Thune, republicano da Dakota do Sul que lidera o Comitê de Comércio, exigiu que o Facebook fornecesse ao Congresso detalhes sobre essas parcerias. “O Facebook está aprendendo lições difíceis de que a transparência é um padrão alto para atender”, disse Thune ao New York Times.