A Cisco estima que 2,1 bilhões de novas conexões máquina-a-máquina (M2M) apareceram no mundo somente no ano passado, com previsão de que 27 bilhões mais sejam adicionadas somente nos próximos cinco anos. Diante desse cenário, o chairman e CEO da companhia, Chuck Robbins, é taxativo: as redes vão alimentar o futuro, uma vez que são o único elemento que une toda a cadeia de diferentes dispositivos e interfaces. “Por isso, nossas redes vão ter que mudar, terão de ser fundamentalmente diferentes”, declarou ele em abertura do Cisco Live 2018 nesta segunda-feira, 11, em Orlando, Estados Unidos. “O único denominador comum entre tudo é a rede”.

Entre essas mudanças, Robbins sugere que se integre a segurança de modo fundamental à infraestrutura. “Tem que começar na fundação da rede, porque tem de ser, é a plataforma que conecta diferentes lugares e tráfego”, explica. A visão é que a rede tem um papel estratégico para desempenhar em meio à massificação de data centers e clouds híbridas, mas também levando o poder computacional à ponta (edge computing) nos dispositivos de Internet das Coisas.

O executivo acredita em um modelo de “disrupção sem disrupção”, que ele explica ser uma tentativa de oferecer mais simplicidade aos processos. “Nossos clientes querem todas as novas capacidades, mas elas podem vir com um nível de complexidade atrelado. O ponto é que podemos tirar essa complexidade”, declara, dirigindo-se aos desenvolvedores. “Há muita complexidade, então tem muitas partes móveis e de fricção. A indústria de tecnologia está tentando tirar esse atrito”, complementa o vice-presidente executivo e diretor geral da área de networking & security business da Cisco, David Goeckeler.

Com isso, a inteligência artificial e o machine learning já permeia todo o portfólio da companhia através da nuvem.”Nós fazemos fluxo de muitos dados pelo mundo, temos uma quantidade enorme de dados para identificar as ameaças e mover as políticas de segurança, que é um problema de inteligência em escala”, diz Goeckeler.

 

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