A inteligência artificial (IA) é realidade em pelo menos uma camada da sociedade: as indústrias. Para Fiaz Mohamed, gerente de desenvolvimento de negócios da Intel, essas soluções já podem ser implementadas em diversos segmentos, como varejo, finanças, consumo e saúde, mas há barreiras culturais que impedem seu desenvolvimento.
“Se você me perguntasse um ano atrás, eu diria que existem três segmentos, no máximo, como tendências no IA: varejo, finanças e consumidores. Hoje, eu posso dizer que qualquer indústria pode se beneficiar dessas soluções”, disse o gestor.
“O problema é que apenas 12% das empresas estão realmente trabalhando com isso, segundo a Forrester. Isso acontece devido à demora, de um a dois anos, para definir um projeto de inteligência artificial, criar seu modelo e lançá-lo”.
Mohamed acredita que lançar aplicações inteligentes é uma questão que precisa ser bem pensada antes. E isso deve ser feito em todos os vieses: das ferramentas que se deseja implementar, do hardware que se tem e que apoiará a solução, além da comunidade que será beneficiada por ela.
Outro executivo, Moshe Rappaport, pesquisador da IBM, ressalta que as empresas precisam capturar e entender seus dados e, então, criar suas tecnologias. E, embora seja uma nova tendência para as empresas, IA é uma tecnologia que não tem fórmula, não há “um formato único para todos”, e que cada empresa precisa entender suas necessidades.
Colega de Mohamed na Intel, o diretor de inteligência artificial e computação técnica, Stephan Gillich, lembra que este é o momento para dar formato às soluções: “Demorou de 40 a 50 anos para a IA se tornar realidade. Agora que ela existe, nós precisamos ter foco e deixá-la mais prática. Nela, existe um potencial para influenciar várias indústrias com soluções do cotidiano, não apenas chatbots”.