A Xiaomi apresentou o documento de sua oferta inicial pública (Initial Public Offering ou IPO, em inglês) nesta segunda-feira, 25. De acordo com a companhia, as 2,1 bilhões de ações serão lançadas na Bolsa de Hong Kong, sendo que a expectativa de venda de cada papel será entre 17 e 22 dólares de hong kong.
A empresa de tecnologia espera angariar 27,5 bilhões de dólares de hong kong (US$ 3,5 bilhões na corretagem atual), após deduzir pagamentos, comissões e outros gastos relacionados à abertura de capital. A avaliação da IPO deve ocorrer entre esta segunda e a próxima quinta-feira, 28. Por sua vez, a comercialização das ações é esperada para o próximo dia 9 de julho.
Investimentos
Com o montante arrecadado na venda de suas ações, a Xiaomi – conhecida pelos smartphones Mi e pelo sistema operacional móvel MIUI – deseja investir 30% no desenvolvimento de produtos; 30% na melhora do seu ecossistema em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA); 30% em seu processo de expansão global; e os demais 10% que serão divididos entre sua força trabalhadora e o pessoal do corporativo.
Mercado
No documento de abertura de capital, a companhia chinesa detalhou parte de seu mercado e suas possibilidades de crescimento, sempre considerando números de março deste ano. Em IoT, a empresa possui mais de 100 milhões de dispositivos conectados (excluindo smartphones e notebooks). Desses, 1,4 milhão são considerados Mi Fans, ou seja, donos pelo menos cinco aparelhos conectados.
Em aplicativos para smartphones, a Xiaomi possui 38 apps com mais de 10 milhões de usuários ativos mensais (MAUs). Em média, os usuários de seus smartphones gastam 4,5 horas por dia de olho em suas telas. Ao todo, incluindo consumidores de smartphones e notebooks, a companhia possui 190 milhões de MAUs.
Expansão
Em seu processo de expansão global, a firma chinesa ressalta que obteve a liderança de vendas de smartphones no mercado indiano no primeiro trimestre de 2018, além de estar entre os cinco principais fabricantes em 15 países, segundo a IDC. Com a IPO, a companhia focará seus esforços na Rússia, Europa, no Sudeste Asiático e outras regiões. Vale lembrar que a fabricante de celulares chegou no Brasil em 2015, mas saiu um ano depois. Na época, a empresa não teve muito apelo entre os consumidores e encontrou dificuldades em sua cadeia de logística.