A receita do Grupo Telefónica no trimestre foi de 12,144 bilhões de euros, uma redução de 6,3% em relação ao segundo trimestre de 2017, segundo balanço financeiro da companhia divulgado nesta quinta-feira, 26. No semestre, o total foi de 24,334 bilhões de euros, 6,7% abaixo no comparativo anual. Nem mesmo o desempenho positivo das operações doméstica e britânica conseguiu reverter a queda de dois dígitos da subsidiária brasileira, a Telefônica/Vivo, e das unidades da América Latina.

A receita na Espanha avançou 0,2% no trimestre e 0,6% no semestre, enquanto a da Telefónica Reino Unido cresceu 1,9% e 0,5%, respectivamente. Já as subsidiárias latino-americana (Telefónica Hispam) do Sul (Argentina, Chile, Peru e Uruguai) e do Norte (Colômbia, México, Venezuela, América Central e Equador) caíram 14% e 1,7% no trimestre, respectivamente; e 13,7% e 9,7% no semestre. A Telefônica Brasil registrou as maiores quedas: 16,7% no trimestre (total de 2,522 bilhões de euros) e de 15,6% no semestre (5,227 bilhões de euros). No comparativo orgânico, excluindo efeitos de variação cambial, entretanto, a Vivo mostrou crescimento de 0,5% n trimestre e 0,8% no semestre.

O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) do grupo totalizou 4,237 bilhões de euros no trimestre, um crescimento de 1,9%. Nos primeiros seis meses do ano, somou 8,102 bilhões de euros, uma queda de 0,9%. A margem OIBDA avançou 2,8 ponto percentual no trimestre e ficou em 34,9%; e 1,9 p.p. no semestre, ficando em 33,3%. Desta vez, a operação brasileira contribuiu positivamente, com 1,275 bilhões de euros entre abril e junho (crescimento de 23,3%) e de 2,257 bilhões de euros no semestre (avanço de 5,5%). A maior queda no OIBDA foi na divisão Telefónica Hispam Norte, que caiu 40,2% no trimestre e 29,2% no semestre.

O lucro operacional do grupo Telefónica foi de 2,059 bilhões de euros e 3,697 bilhões de euros no trimestre e semestre, respectivamente, representando crescimentos de 14,4% e 9,7%. Já o lucro líquido foi de 902 milhões (aumento de 9,9%) e de 1,739 bilhão de euros (crescimento de 8,6%), também respectivamente.

O Capex do grupo aumentou 29,4% no trimestre e totalizou 2,441 bilhões de euros. Na primeira metade do ano, acumulou 3,932 bilhões de euros, um avanço de 12,1%. Para o Brasil, foram destinados respectivamente 504 milhões (2,9% abaixo do ano passado) e 892 milhões de euros (redução de 2,6%). O fluxo de caixa operacional caiu 20,9% (total de 1,796 bilhão de euros) no trimestre e 10,7% (4,170 bilhões de euros) no semestre.

A companhia espanhola destacou dados da digitalização na Telefônica Brasil. Segundo a empresa, 66% das interações com consumidores já são feitas em canais digitais, um crescimento de 22% comparado ao segundo trimestre de 2017. O uso do aplicativo Meu Vivo cresceu os mesmos 66% e em junho atingiu 7 milhões de usuários, o que por si já é 15% maior do que dezembro do ano passado. As recargas de pré-pagos por meio dos canais digitais aumentaram 16%, enquanto a conta eletrônica aumentou 53%, chegando a metade dos clientes. Todas esses processos digitalizados resultaram na redução de 25% nas chamadas ao call center.

Operacional

No total, o grupo Telefónica encerrou junho com 338,521 milhões de acessos, uma queda de 0,8% comparada ao mesmo mês do ano anterior. Os acessos de telefonia fixa eram 35,973 milhões desses (4% de queda), enquanto os de banda larga eram 21,460 milhões (1% de aumento). Por sua vez, das conexões de banda larga, 12,216 milhões eram nas tecnologias FTTx ou cabo, um avanço de 22,6%. A TV paga fechou o primeiro semestre com um crescimento de 5,6% e total de 8,736 milhões de contratos.

Os acessos móveis totalizaram 271,901 milhões, uma redução de 0,7%. Do total, 152,234 milhões eram pré-pagos (redução de 5,6%), e 119,667 milhões de pós-pago (aumento de 6,3%); dos quais 17,623 milhões eram de acessos máquina-a-máquina (M2M), um crescimento de 17,4%. O grupo afirma ter uma penetração de 65,3% de smartphones, aumento de 4,4 p.p.; e de 41,9% de acessos LTE, aumento de 10,4 p.p. no comparativo anual.

 

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