Embora seja uma empresa de capital fechado, a Uber apresentou números do segundo trimestre de 2018. A empresa de transporte registrou perda de US$ 891 milhões no período, uma melhora de 16% se comparada com a perda de US$ 1 bilhão durante o mesmo período do ano anterior. As reservas brutas, ou seja, a quantidade de passagens de passageiros e taxas de entrega de alimentos, foram de US$ 12,01 bilhões, aumento de 41% em relação ao ano passado. Depois de pagar as taxas aos motoristas, a receita foi de US$ 2,7 bilhões.

A perda chega depois de uma receita líquida positiva de US$ 2,5 bilhões registrada no primeiro trimestre, graças em grande parte à venda de ativos no exterior (Rússia e Sudeste Asiático), porém, alertou que a recuperação não duraria porque havia a previsão de reinvestir o dinheiro.

A Uber informou que seus gastos continuam sendo robustos. Em seus últimos resultados, a companhia informou que as despesas operacionais totalizaram US$ 2,2 bilhões no segundo trimestre, acima do US$ 1,8 bilhão no início deste ano. As vendas subiram 63%, para US $ 2,8 bilhões, no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. A taxa no primeiro trimestre havia sido de 70%.

O CEO Dara Khosrowshahi está investindo grandes somas de dinheiro, não reveladas, na entrega de alimentos, logística e tecnologia de carros autônomos. A empresa sediada em São Francisco disse que o negócio de entrega de alimentos, Uber Eats, representa mais de 10% de suas reservas brutas. De acordo com o site Bloomberg, o crescimento nesse segmento pode estar mascarando uma desaceleração no principal negócio da Uber. No início da quarta-feira, 15, o site The Information noticiou que a Uber gasta de US$ 125 milhões a US$ 200 milhões por trimestre em carros autônomos, e a empresa atendeu a pedidos de investidores para vender a unidade.

Por ser uma empresa de capital fechado, a Uber não tem obrigação em divulgar seus números. Porém, os investidores estão de olho nas finanças da empresa porque ela é uma das mais valorizadas no mundo, avaliada em US$ 62 bilhões, e está se preparando para ir a público até 2019. Seu IPO é esperado e tudo indica que será um dos maiores para uma empresa de tecnologia.

Khosrowshahi está em busca de novos negócios. Nos últimos meses, a Uber comprou uma startup que aluga bicicletas elétricas e investiu em outra que aluga scooters elétricas.

Desde que a Uber foi fundada, em 2009, o negócio já consumiu mais de US$ 11 bilhões, de acordo com Bloomberg. Mas graças em grande parte à generosidade e ao otimismo dos investidores, não corre o risco de ficar sem dinheiro. No relatório financeiro de quarta-feira, a Uber disse que tinha cerca de US$ 7,3 bilhões em mãos.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!